ECONOMIA
Dinheiro esquecido no Banco Central será transferido ao governo após 30 dias da nova lei
Brasileiros terão até 31 de dezembro de 2027 para solicitar valores junto às instituições financeiras, mesmo após recursos serem repassados ao Tesouro Nacional
13/09/2024
11:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O dinheiro esquecido em contas bancárias, consórcios e outras instituições financeiras será transferido para o Tesouro Nacional se não for solicitado em até 30 dias após a publicação da nova lei sobre a desoneração da folha de pagamento de empresas. A Câmara dos Deputados aprovou o projeto nesta quinta-feira (12), que ainda precisa ser sancionado pelo presidente para entrar em vigor.
Mesmo após os recursos serem transferidos para os cofres públicos, será possível recuperar os valores até o dia 31 de dezembro de 2027, por meio de solicitação direta junto às instituições financeiras. O projeto é parte do esforço do governo federal para atingir a meta de déficit zero neste ano, autorizando o uso desses recursos temporariamente.
O Banco Central estima que cerca de R$ 8,5 bilhões estão esquecidos em contas de bancos, consórcios e outras instituições financeiras. Caso o dinheiro seja transferido para o Tesouro Nacional, o Ministério da Fazenda terá que publicar um edital no Diário Oficial da União listando os valores recolhidos e seus respectivos titulares, incluindo informações sobre as instituições e contas. A partir dessa publicação, as pessoas ou empresas terão 30 dias para contestar e solicitar a devolução do dinheiro.
Caso a contestação seja negada, ainda será possível recorrer ao Conselho Monetário Nacional (CMN) em até 10 dias. Se o prazo passar sem contestação, os valores serão definitivamente transferidos ao Tesouro. No entanto, uma ação judicial poderá ser movida em até 6 meses após a publicação do edital para recuperar os valores.
Os brasileiros podem consultar se têm dinheiro a receber por meio do Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central:
O acesso ao sistema e a solicitação de valores requerem um nível de segurança mais elevado na conta gov.br, como o nível prata ou ouro.
Essa medida vem sendo debatida em meio a discussões sobre a arrecadação de recursos para cumprir as metas fiscais do governo, gerando polêmicas e protestos entre parlamentares e o Banco Central, que pediu a rejeição do uso desses recursos.
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