Política / Justiça
Acusado de matar o ator Rafael Miguel vai a júri popular nesta quinta-feira (29)
Paulo Cupertino responderá pela execução do ator de 'Chiquititas' e dos pais dele em crime que chocou o país em 2019
26/05/2025
20:00
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
Está marcado para esta quinta-feira (29) o julgamento de Paulo Cupertino Matias, acusado de assassinar o ator Rafael Miguel e os pais dele, Miriam Selma Miguel e João Alcisio Miguel, em junho de 2019, na zona sul de São Paulo. O crime, que teve grande repercussão nacional, será julgado por júri popular no Fórum da Barra Funda, com previsão de durar até sexta-feira (30).
Rafael, conhecido por interpretar o personagem Paçoca na novela Chiquititas, do SBT, tinha 22 anos e foi morto a tiros ao lado dos pais quando visitava a então namorada — filha de Cupertino. O encontro visava uma conversa pacífica com o pai da jovem, que teria rejeitado o relacionamento. Segundo a investigação, Cupertino surpreendeu a família no portão da residência e efetuou os disparos.
O réu está preso desde maio de 2022, após dois anos foragido, sendo localizado por policiais civis em um hotel no bairro de Interlagos, próximo ao local do crime.
Em outubro de 2023, Cupertino chegou a ir a julgamento, mas destituiu a defesa durante o júri, alegando quebra de confiança. A atitude anulou a sessão e forçou a Justiça a remarcar o julgamento.
Em nova tentativa, ele solicitou o adiamento do júri marcado para esta semana, alegando problemas de saúde e pouco tempo para a nova defesa se preparar, mas o juiz Antonio Carlos Pontes de Souza negou o pedido, classificando a manobra como “chicana processual”.
“A conduta do réu indica clara tentativa de manipular o processo e atrasar sua responsabilização penal”, disse o magistrado.
Para evitar nova anulação, o juiz nomeou um advogado dativo, que estará de sobreaviso caso o réu dispense novamente seus defensores.
Data do júri: Quinta-feira, 29 de maio de 2025
Local: Fórum da Barra Funda – São Paulo (SP)
Duração prevista: Dois dias
Réu: Paulo Cupertino Matias
Acusação: Homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, recurso que dificultou defesa das vítimas e perigo comum)
A defesa atual de Cupertino optou por não se manifestar publicamente, informando que qualquer posicionamento será feito exclusivamente nos autos do processo.
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