A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto provocou forte reação no cenário econômico e político brasileiro. Para o economista Otto Nogami, a medida transcende aspectos técnicos e revela uma estratégia geopolítica norte-americana em resposta à crescente perda de hegemonia do dólar frente aos blocos emergentes, como os BRICS.

Segundo Nogami, a tarifa representa um alerta quanto à instabilidade das relações comerciais globais e à tentativa de conter o avanço de moedas alternativas nas trocas internacionais. "Trata-se de uma sanção com contornos políticos que afeta diretamente o fluxo comercial e as cadeias produtivas de longo prazo", afirma o especialista.

No Brasil, a medida já pressiona os indicadores econômicos. A inflação de junho chegou a 0,24%, elevando o acumulado anual para 5,35% e freando as expectativas de redução da taxa de juros pelo Banco Central. "A imposição tarifária agrava o cenário, principalmente nos meses de agosto e setembro, que já têm histórico de pressão sazonal sobre os preços", completa Nogami.

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Lideranças empresariais pedem solução diplomática antes da tarifa entrar em vigor

Em reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin e o MDIC, lideranças industriais cobraram uma resposta rápida do governo. O presidente da CNI, Ricardo Alban, reforçou que é preciso evitar a "imprevisibilidade" para setores que lidam com produtos perecíveis. "O caminho é o do diálogo. Não é hora de retaliação", disse.

Já o presidente da FIESP, Josué Gomes, destacou a confiança na atuação do Itamaraty e do MDIC. Alckmin reiterou que o governo avalia negociar um adiamento da tarifa, caso não haja acordo até 1º de agosto, com base na Lei de Reciprocidade Comercial.

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Descontos de até 70% para MEIs regularizarem dívidas até 30 de setembro

O governo federal está concedendo descontos de até 70% em juros, multas e encargos para MEIs que desejam quitar dívidas até 30 de setembro de 2025, via transação tributária da PGFN. A iniciativa permite parcelamentos em até 133 meses, com condições diferenciadas conforme o tipo de inadimplência.

O SIMPI oferece apoio técnico para as negociações, inclusive via WhatsApp: (69) 99933-0396 / (69) 98406-9045.

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MEIs em queda: balanço revela retração no primeiro semestre de 2025

Apesar da abertura de 2,6 milhões de novos pequenos negócios no Brasil, dados da Receita Federal mostram que houve redução de 89.568 MEIs ativos no primeiro semestre de 2025. Em Rondônia, a queda foi de 0,60% entre dezembro de 2024 e junho de 2025.

Segundo especialistas, a exclusão de mais de 600 mil MEIs está relacionada à ausência de reajuste nos tetos de faturamento e à dificuldade de migração para a categoria de microempresa, que implica em custos desconhecidos pelos empreendedores.

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Simpi fecha parceria com Gram Energia para economia na conta de luz

Pequenas indústrias associadas ao SIMPI agora podem economizar até 13,5% ao mês na conta de energia, por meio de parceria com a Gram Energia Sustentável. A adesão é 100% online, sem instalação de placas, sem fidelidade contratual e sem multas.

Para aderir: WhatsApp (92) 92001-6155
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Geopolítica global exige reindustrialização e estratégia de valor agregado, afirma Vinícius Vieira

Em entrevista ao programa "A Hora e a Vez da Pequena Empresa", o especialista em Relações Internacionais Vinícius Rodrigues Vieira alertou para os riscos de dependência do Brasil à exportação de commodities e à concentração de parcerias.

Segundo ele, a desaceleração da China e os conflitos internacionais exigem uma estratégia de diversificação produtiva e parcerias inteligentes, inclusive no setor de terras raras. Para isso, é essencial fomentar a reindustrialização, com protagonismo das pequenas e médias empresas.

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