Economia / Empreendedorismo
Pequenas indústrias enfrentam alerta máximo: desvalorização cambial, crédito escasso e tarifas dos EUA elevam risco de colapso
Ao mesmo tempo, SIMPI renova diretoria, Lula sanciona incentivo à exportação e empresas precisam se preparar para reforma tributária de 2026
30/07/2025
15:45
SIMPI
DA REDAÇÃO
A combinação de instabilidade econômica e política está pressionando os custos e as margens das micro e pequenas indústrias brasileiras. O alerta é do economista Otto Nogami, que elenca cinco fatores críticos que devem ser monitorados pelos empresários para evitar riscos à continuidade dos negócios.
Pressões que afetam diretamente o setor produtivo:
Aumento dos custos de insumos importados: A desvalorização do real eleva o preço de matérias-primas, equipamentos e componentes estrangeiros.
Compressão das margens de lucro: As empresas enfrentam dificuldades para repassar os aumentos ao consumidor final, o que compromete a competitividade.
Crédito escasso e caro: A taxa Selic em 15% ao ano inibe investimentos e reduz o capital de giro das pequenas empresas.
Volatilidade nas cadeias de suprimentos: Tensões comerciais redirecionam fluxos globais, provocando atrasos e novos custos.
Redução da demanda e dificuldade de diversificação: O consumo industrial global segue retraído, exigindo adaptação das empresas.
🔗 Assista ao comentário completo de Otto Nogami
SIMPI Nacional renova diretoria e amplia presença internacional
Em Assembleia Geral Extraordinária no dia 9 de julho de 2025, o SIMPI Nacional elegeu sua nova diretoria executiva para os próximos anos. A votação, realizada de forma híbrida, reafirma o compromisso institucional da entidade com os desafios enfrentados pelos microempreendedores e pequenas empresas no Brasil e no exterior.
Nova composição da Diretoria Executiva:
Presidente: Joseph Couri
1º Vice-presidente: Leonardo Sobral
2º Vice-presidente: Wolney Queiroz
Secretário: Sergio Janikian
Tesoureiro: Sony Mahfuz
Com presença ativa nos Estados Unidos, Japão, China e Portugal, o SIMPI amplia sua atuação global. “Nosso foco é garantir voz nos fóruns de decisão, acesso à informação, crédito, menos burocracia e mais inovação”, afirma Couri. A entidade também se destaca com o programa “A Hora e a Vez da Pequena Empresa” e suas colunas digitais, que somam 27 milhões de visualizações mensais.
🔗 Assista à assembleia na íntegra
Lula sanciona lei que facilita exportações de micro e pequenas empresas
Em meio ao agravamento da crise com os Estados Unidos, o presidente Lula sancionou, no dia 28 de julho, o projeto que cria o programa Acredita Exportação, voltado para desonerar e facilitar as exportações de pequenas empresas.
O programa antecipa efeitos da reforma tributária prevista para 2027 e deve beneficiar os mais de 11,5 mil pequenos exportadores brasileiros que movimentaram US$ 2,6 bilhões em 2024. Contudo, representantes do setor alertam que o “tarifaço” de 50% imposto por Donald Trump ameaça inviabilizar as exportações da pequena indústria, com risco de colapso para negócios sem capital de giro.
🔗 Assista à sanção do programa
Empresas devem se preparar para reforma tributária e nova taxação de lucros até o fim de 2025
O advogado Piraci Oliveira destaca três mudanças tributárias que exigem planejamento imediato:
Pejotização será julgada pelo STF: Entre agosto e setembro, o Supremo vai decidir sobre a legalidade de contratos via PJ e MEI, o que pode afetar milhões de prestadores de serviço.
Tributação de dividendos a partir de 2026: Lucros distribuídos pagarão 10%, com isenção apenas para valores até R$ 50 mil. Mas lucros acumulados até 31 de dezembro de 2025 poderão ser distribuídos sem imposto.
Nova fase da reforma tributária: Em 2026, empresas já deverão destacar e declarar o novo IVA (CBS e IBS), mesmo que o pagamento ocorra apenas em 2027. Sistemas precisam ser atualizados urgentemente.
🔗 Assista à análise tributária
RAIS: empresas têm até 8 de agosto para regularizar dados entre 1976 e 2022
O Ministério do Trabalho prorrogou o prazo para regularização da RAIS até 8 de agosto de 2025. O envio é obrigatório para garantir acesso ao abono salarial e evitar multas. Mesmo empresas sem empregados devem declarar a RAIS negativa.
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