Palmas (TO), Terça-feira, 30 de Dezembro de 2025

Economia / Emprego

Desemprego cai a 5,2% em novembro e atinge menor taxa da série histórica do IBGE

Brasil registra 5,6 milhões de desempregados; carteira assinada bate recorde e se aproxima de 40 milhões

30/12/2025

13:15

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,2% no trimestre móvel encerrado em novembro, o menor índice da série histórica, iniciada em 2012. Os dados são da Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgados nesta terça-feira (30), por meio da PNAD Contínua.

Em relação ao trimestre anterior, encerrado em agosto, houve queda de 0,4 ponto percentual, quando a taxa era de 5,6%. Na comparação com o mesmo período de 2024, o recuo foi ainda mais expressivo: de 6,1% para 5,2%.

Menos desempregados e mais pessoas trabalhando

Com o resultado, o país passou a ter 5,6 milhões de pessoas desocupadas, número 14,9% menor que o registrado no mesmo período do ano passado — o equivalente a 988 mil pessoas a menos em busca de trabalho.

A população ocupada chegou a 103 milhões de pessoas, novo recorde da série histórica, com crescimento de:

  • 0,6% no trimestre

  • 1,1% na comparação anual (mais 1,1 milhão de trabalhadores)

O nível da ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, atingiu 59%, o mais alto já registrado pelo IBGE.

Informalidade e subutilização em queda

Outro indicador positivo foi a taxa de subutilização da força de trabalho, que recuou para 13,5%, também o menor patamar da série histórica. Atualmente, 15,4 milhões de pessoas integram a chamada força de trabalho “desperdiçada”.

A taxa de informalidade ficou em 37,7%, o que corresponde a 38,8 milhões de trabalhadores, abaixo do percentual observado no trimestre anterior.

Carteira assinada bate novo recorde

O número de empregados com carteira assinada chegou a 39,4 milhões, o maior da história da PNAD Contínua. Na comparação anual, houve alta de 2,6%, com a inclusão de cerca de 1 milhão de trabalhadores formais.

Outros destaques do levantamento:

  • Empregados sem carteira assinada: 13,6 milhões (queda de 3,4% no ano)

  • Empregados no setor público: 13,1 milhões (novo recorde)

  • Trabalhadores por conta própria: 26 milhões (novo recorde)

O setor de Administração pública, saúde e educação foi o que mais gerou vagas no trimestre.

Segundo Adriana Beringuy, pesquisadora do IBGE, esse movimento tem relação com o calendário educacional.
“A principal característica desse grupo é a educação. Há um comportamento sazonal no fim do ano, especialmente na educação pública, período de renovações contratuais”, explicou.

Rendimento médio e massa salarial também atingem recordes

O rendimento médio real habitual da população ocupada subiu para R$ 3.574, com alta de:

  • 1,8% no trimestre

  • 4,5% em 12 meses

Já a massa de rendimento real habitual alcançou R$ 363,7 bilhões, outro recorde da série, crescendo 2,5% no trimestre e 5,8% no ano.

“O mercado de trabalho cresce sem queda de rendimento. A inflação não acelerou como se previa, o que permitiu aumento da renda e da massa salarial”, destacou Adriana Beringuy.

Principais números da PNAD Contínua

  • Taxa de desemprego: 5,2%

  • Desempregados: 5,6 milhões

  • Ocupados: 103 milhões

  • Empregados com carteira: 39,4 milhões

  • Empregados sem carteira: 13,6 milhões

  • Trabalhadores informais: 38,8 milhões

  • Taxa de informalidade: 37,7%

  • Rendimento médio: R$ 3.574


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