 |
| ©Divulgação |
Desde o nascimento, o corpo passa por mudanças progressivas que exigem, para cada fase, adaptação ou novos hábitos de cuidado para se ter qualidade e segurança no ambiente em que se vive. É assim com a chegada de um bebê ao lar e assim também deve ser na maturidade, quando o envelhecimento exige mudanças, que precisam ser compreendidas por idosos, familiares e sociedade.
Se aos 30 anos um indivíduo adulto tem grande parte de seu potencial muscular desenvolvido, a partir dos 40 anos ocorre a natural perda de tônus muscular que, progressivamente, pode resultar em dificuldades locomotoras e menos resistência a atividades cotidianas.
Para evitar que esse contexto favoreça acidentes graves, como quedas que são a principal causa de fraturas em idosos, alguns hábitos e adaptações são importantes de serem adotados. O assunto foi tema de um bate-papo com cerca de 30 idosos na manhã desta quarta-feira, 26, no Centro de Referência em Assistência Social (Cras) do Aureny III, em Palmas.
O uso constante de calçado com solado antiderrapante dentro e fora de casa, evitar cadeiras com assentos muito baixos, trocar em casa o piso liso por revestimento antiderrapante e instalar barras de apoio no banheiro são algumas adaptações que podem prevenir quedas, explicou a profissional de educação física Sônia Guimarães ao grupo.
 |
| ©Divulgação |
Parte dos presentes testemunhou já ter sofrido quedas no banheiro de casa, no ônibus ou em calçadas na rua, ambientes onde acidentes desta natureza não são incomuns. A dona de casa Honorina Carvalho de Araújo, 64 anos, contou que já pensou ter quebrado uma perna no susto provocado por uma queda ao sair do banheiro de casa. “Escorreguei descalça na cerâmica. Cai para trás com a perna dobrada. Foi um susto, agora só ando com chinelo antiderrapante. Tenho desgaste nos ossos do quadril que me traz muitas dores então não posso descuidar”, contou.
Músculos fortalecidos
Seja morando com familiares ou sozinho, a profissional de educação física Sônia Guimarães alertou que o idoso precisa redobrar a atenção para prevenir estas situações. “Nada melhor que conhecermos nosso corpo e nossos receios e darmos atenção àquilo que é importante para nós mesmos. Isso é autocuidado”, aconselhou Sônia.
Apesar de a velhice trazer, inevitavelmente, perdas musculares e diminuição de funções corporais, a atividade física regular por pessoas com mais de 60 anos é um hábito que contribui para prevenção de acidentes mais graves. “Os exercícios ajudam a manter nossos músculos fortalecidos. Repetir o exercício de se sentar e se levantar de uma cadeira ajuda no fortalecimento dos músculos da coxa. É um exercício importante para quem tem dificuldade, por exemplo, para se erguer do sanitário ou para subir escadas”, explicou a professora.
Atividades semanais
O bate-papo sobre prevenção de quedas foi uma das atividades que são oferecidas dentro da programação semanal para idosos do Jardim Aureny III e que acontece todas as quartas-feiras, às 8h30 no Cras com profissionais de diversas formações profissionais para promover saúde e garantia de direitos aos idosos.
Também participam das atividades, segundo o coordenador do Cras do Aureny III, Valmir Inácio Pires, psicóloga, assistente social, pedagoga, enfermeira, entre outros profissionais do Cras e dos Centros de Saúde da Comunidade (CSC) do setor. Além de palestras, oficinas, rodas de conversa, os 56 idosos cadastrados e outros convidados pelo Cras participam ainda de aulas de forró nos encontros.
ASSECOM
