Uma viagem rumo ao desconhecido, a cidade perdida de Ratanabá na Amazônia Brasileira. Isso é o que propõe o Grêmio Recreativo Escola de Samba Vila da Barra na noite deste sábado (18). A agremiação que entra com uma hora de atraso, por conta das fortes chuvas, abriu às 21 horas o desfile das escolas de samba do grupo especial de Manaus com o enredo Ratanabá: o Segredo Milenar da Amazônia.

De acordo com Leandro ‘Papasopa’, vice-presidente da Vila da Barra, a agremiação levará ao público uma imersão rumo ao desconhecido e aos mistérios da cidade perdida e de sua civilização. 

A Vila da Barra estreou a Passarela do Samba contando a história da cidade perdida de Ratanabá (Foto: Paulo Bindá)

“Nosso compositor gosta muito de inovar, foi ele que trouxe a ideia de Ratanabá para o Vila da Barra. Eu nem sabia o que era, mas depois que ele explicou pra gente, vimos que era um negócio interessante e quando ele desenvolveu o samba enredo, arrepiou todo mundo e apesar da chuva, a Vila da Barra vai trazer Ratanabá a realidade”.

Em três alegorias, o desfile promete contar sobre os mistérios da civilização secreta que habitava o coração da Amazônia há mais de 450 anos. A lenda da cidade perdida chegou a ganhar as redes sociais, em 2022, justamente por conta da suposta descoberta de Ratanabá por pesquisadores.

(Foto: Paulo Bindá)

Um grupo de pesquisadores que trouxe à tona as teorias também participam da festa. De acordo com uma das pesquisadoras Fernanda Lima, existem inúmeras evidências da existência da cidade perdida que tem ramificações por toda a América do Sul. 

“Nós já achamos vários vestígios porque estudamos o tema há 30 anos, o que aconteceu agora foi que com a tecnologia, com o Líder, nós conseguimos fazer o escaneamento do local no estado do Mato Grosso e aí veio a comprovação”, comentou ela.

Ratanabá na Avenida

Ratanabá, segundo teorias, seria a capital do mundo e teria sido fundada pela civilização Muril, os responsáveis por construírem o caminho de Peabiru que ligaria a cidade perdida. 

Outras histórias mostraram que o lugar era maior que a grande São Paulo, e escondia riquezas, esculturas de ouro e tecnologias avançadas. Segundo teorias, a descoberta ajudaria a explicar o verdadeiro interesse do mundo pela Amazônia. 

(Foto: Paulo Bindá)

Na avenida, o publico verá alegorias de outras dimensões como alienigenas, os seres gigantes de Ratanabá, representações da era jurássica, guardiões indígenas, além do retrato de Ratanabá atual, a propagação e viralização do assunto na internet, dentre outros mistérios que embelezarão o Centro de Convenções Sambódromo, em Manaus.

Ficha técnica

• Presidente: Apollo Ferreira
• Vice-presidente: Leandro Papa Sopa
• Comissão de carnaval: Apollo Ferreira, Roney Cruz, Marino Caldas
• Número de Alas: 17
• Número de tripés: 1
• Número de alegorias: 3
• Número de componentes: 3.000
• Cores: amarelo e azul

(Foto: Paulo Bindá)