JUSTIÇA
Cuidadora de Zagallo exige R$ 190 Mil em processo trabalhista contra a família do ex-treinador
Enfermeira alega condições inadequadas de trabalho e assédio moral; nova audiência marcada para outubro
26/08/2024
15:37
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Oito meses após a morte do lendário ex-jogador e ex-treinador da seleção brasileira Zagallo, um processo trabalhista envolvendo uma de suas cuidadoras segue em andamento na Justiça. A enfermeira, que cuidou de Zagallo nos últimos anos de sua vida, está reivindicando mais de R$ 300 mil, alegando condições inadequadas de trabalho e assédio moral. O caso está sendo julgado no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, no Rio de Janeiro.
De acordo com informações divulgadas pelo Uol e confirmadas pelo Estadão, o processo corre em segredo de Justiça, mas detalhes revelam que a cuidadora inicialmente pediu R$ 328.115,27, valor que a família de Zagallo tentou negociar para um acordo menor. Durante uma audiência realizada em agosto na 42ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, a juíza Nelise Maria Behnken presidiu a sessão em que a família ofereceu R$ 18 mil—5% do valor solicitado pela cuidadora—como proposta de conciliação. No entanto, a cuidadora recusou e fez uma contraproposta de R$ 190 mil. Uma nova audiência foi marcada para o dia 16 de outubro deste ano.
As exigências da cuidadora incluem o pagamento de férias, FGTS, horas extras e compensações por assédio moral. Segundo as informações, a enfermeira alegou que precisava estar disponível 24 horas por dia para cuidar de Zagallo, inclusive dormindo no mesmo quarto que ele, em um colchão no chão. Além dos cuidados médicos, ela também teria sido obrigada a realizar tarefas domésticas, como limpeza da casa e preparação das refeições.
O filho caçula de Zagallo, Mario César, que é citado no processo, foi acusado pela cuidadora de assédio moral, utilizando um "tom ríspido e ofensivo" ao se comunicar com ela. Desde fevereiro, Mario César é o responsável por administrar a herança de Zagallo, avaliada em aproximadamente R$ 15 milhões, após ser nomeado inventariante pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A decisão veio após Zagallo expressar uma "profunda decepção" com os outros três herdeiros—Paulo Jorge, Maria Emília e Maria Cristina—que questionaram a divisão dos bens.
A disputa continua, e a resolução do caso pode ter um impacto significativo sobre o inventário e a herança deixada por Zagallo. A próxima audiência será crucial para definir os rumos dessa situação.
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