CURIOSIDADES
A importância da cana-de-açúcar: um pilar da economia e sustentabilidade
Planta é responsável por 80% da produção mundial de açúcar e tem papel fundamental na geração de energia renovável e na produção de etanol
28/09/2024
12:00
ANA KARLA SOUZA
©DIVULGAÇÃO
A cana-de-açúcar desempenha um papel crucial na economia global e no desenvolvimento de energias renováveis. Responsável por 80% da produção mundial de açúcar, essa planta tropical é a principal matéria-prima para a fabricação do açúcar que consumimos diariamente. Mas sua relevância vai muito além disso: a cana também é fundamental para a produção de etanol e biomassa, consolidando o Brasil como o maior produtor de derivados da cana-de-açúcar e uma referência em energias limpas.
A cana-de-açúcar é composta por hastes ricas em água, açúcar e fibras, chamadas de bagaço. Além de ser uma planta extremamente produtiva, ela é fonte de diversos nutrientes importantes para a saúde, como ferro, cálcio, potássio, fósforo e magnésio, além de vitaminas do complexo B e vitamina C.
O caule da cana é rico em sacarose, o que a torna a principal fonte de matéria-prima para a produção de açúcar, um alimento essencial na dieta humana. Além disso, o etanol, derivado da cana, é vital para a economia mundial, servindo como combustível renovável e menos poluente em comparação aos combustíveis fósseis.
O caldo de cana, muito popular em feiras e mercados, é uma deliciosa e nutritiva fonte de energia. No entanto, é importante consumir com moderação. A recomendação de consumo de açúcar livre na dieta, incluindo o presente no caldo de cana, é de até 10% das calorias diárias. Em uma dieta de 2000 calorias, por exemplo, o ideal é ingerir menos de 50g de açúcar, o que corresponde a aproximadamente 280 ml de caldo de cana.
Originária da Oceania, mais especificamente da Nova Guiné, a cana-de-açúcar se adapta bem em climas tropicais e subtropicais, como o Brasil. Embora o primeiro registro da planta seja na Nova Guiné, foi na Índia, em 327 a.C., que a cana se tornou popular, sendo cultivada e comercializada com outros povos, especialmente na Europa. Naquela época, o açúcar também era utilizado na medicina, fornecendo energia para a recuperação dos doentes.
A cana-de-açúcar tem um papel vital na busca por autonomia energética, especialmente por meio do uso do bagaço, o resíduo resultante da moagem da planta. O bagaço é utilizado na produção de eletricidade a partir do vapor, tornando fábricas autossuficientes em energia. No Brasil, por exemplo, várias usinas utilizam o bagaço para gerar energia renovável, que também pode ser compartilhada com a rede pública.
Na Ilha da Reunião, localizada no Oceano Índico, 12% da eletricidade consumida é produzida a partir do bagaço da cana-de-açúcar. Isso demonstra o potencial da planta não só para a produção de açúcar e etanol, mas também como uma solução sustentável para a geração de energia limpa.
Após a colheita, a cana-de-açúcar passa por um processo de trituração e moagem, resultando em suco e bagaço. O suco é peneirado, aquecido e filtrado para remover impurezas, antes de ser evaporado, formando cristais de açúcar. Esses cristais são separados por centrífugas e o produto final chega às nossas mesas, ou é utilizado para a produção de etanol e outros derivados.
A cana-de-açúcar é uma planta versátil e de grande importância econômica e ambiental. Além de ser a principal matéria-prima do açúcar e do etanol, ela contribui para a produção de energia renovável e o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis. O Brasil, com sua vasta produção de cana, lidera o setor de energias limpas, mostrando ao mundo o potencial dessa planta que, há séculos, faz parte da história da humanidade.
#jornaldoestadoms
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