Palmas (TO), Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025

POLÍTICA

General próximo a Bolsonaro é acusado de orientar golpistas após eleições de 2022

Operação Contragolpe investiga suposta participação de Mário Fernandes em atos antidemocráticos e planejamento golpista

21/11/2024

07:31

NAOM

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

A Polícia Federal prendeu, na última terça-feira (19), o general de brigada Mário Fernandes, ex-secretário-executivo do Palácio do Planalto, sob a acusação de envolvimento no planejamento e coordenação de atos golpistas após as eleições de 2022. Segundo a PF, Fernandes era um elo direto entre manifestantes radicais e o governo Bolsonaro, orientando bolsonaristas e caminhoneiros acampados em frente ao QG do Exército em Brasília.

Mensagens comprometedoras

A investigação revelou mensagens trocadas por Fernandes no WhatsApp com radicais, militares e civis. Entre os interlocutores estão:

  • Rodrigo Yassuo Faria Ikezili, marido de Klio Hirano, manifestante radical presa na Operação Nero. Ele teria solicitado apoio logístico ao general antes dos atos violentos de 12 de dezembro de 2022, que incluíram a tentativa de invasão da sede da Polícia Federal.
  • Lucas Rotilli Durlo, conhecido como “Lucão”, caminhoneiro líder dos manifestantes no QG, que expressava frustração com a demora na execução de um golpe de Estado.
  • Hélio Osório de Coelho, que se apresentava como militar e líder evangélico, defendendo o "vale tudo" e afirmando estar disposto a morrer pela causa bolsonarista.

Envolvimento direto

O relatório da Operação Contragolpe, com 221 páginas, aponta que Fernandes atuava como "provedor material, financeiro e orientador" dos acampados no QG. Ele teria incentivado as ações radicais, além de compartilhar informações sensíveis e pressionar outros militares para apoiar um golpe de Estado.

Além disso, a PF investiga sua participação na coordenação do “Plano Punhal Verde e Amarelo”, que supostamente visava eliminar líderes políticos, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Frustração no Alto Comando

Mensagens trocadas entre Fernandes e outros militares revelam frustração com a hesitação das Forças Armadas em apoiar um golpe. Em áudio enviado a colegas, o general lamenta: “O presidente tem que decidir e assinar esta merda, porra”.

Investigação em curso

Fernandes é considerado uma figura central no esquema investigado pela Operação Contragolpe. A PF acredita que ele tinha influência direta nos manifestantes, sendo peça-chave no planejamento dos atos que culminaram na invasão e depredação da Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, no início do governo Lula.

As investigações continuam para apurar o alcance da rede golpista e a participação de outros envolvidos.


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