Palmas (TO), Sexta-feira, 17 de Janeiro de 2025

POLÍTICA

Polícia Federal aponta "plena consciência e participação ativa" de Jair Bolsonaro em planos golpistas

Relatório da PF revela articulações clandestinas para abolir o Estado Democrático de Direito e a tentativa de ruptura institucional durante o mandato presidencial.

26/11/2024

16:24

G1

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

A Polícia Federal (PF) concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve "plena consciência e participação ativa" no planejamento e na execução de atos criminosos que visavam subverter a ordem constitucional e inviabilizar a transição democrática de poder no Brasil. As informações constam no relatório da investigação sobre o grupo que teria articulado um golpe de Estado durante o governo de Bolsonaro.

Ações clandestinas e pressão institucional

O relatório detalha como o grupo avançou na prática de ações clandestinas para desestabilizar as instituições democráticas. Entre as evidências, destacam-se mensagens extraídas do celular do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, que comprovam a participação do então presidente em articulações para pressionar o comandante do Exército a aderir ao esquema.

Uma das ações citadas é a "Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro", que foi elaborada e disseminada com a ciência e autorização de Bolsonaro. A minuta do documento alegava interferências do Poder Judiciário no Executivo e propunha medidas extremas, como a prisão de autoridades e a realização de novas eleições.

Minuta do decreto golpista

De acordo com a PF, Bolsonaro recebeu uma minuta de decreto das mãos de seus assessores, Filipe Martins e Amauri Feres Saad, que incluía “considerandos” para justificar a prisão de autoridades e a realização de novas eleições, baseados em alegações infundadas de fraudes eleitorais.

Entre os alvos citados no documento estavam:

  • Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF);
  • Gilmar Mendes, ministro do STF;
  • Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal.

Ainda segundo a delação de Mauro Cid, Bolsonaro revisou o texto, determinando ajustes. Ele teria ordenado que fossem mantidas apenas a prisão de Alexandre de Moraes e a realização de novas eleições presidenciais.

Gravidade dos fatos

O relatório da PF reforça a gravidade do esquema, que, segundo os investigadores, começou a ser articulado ainda durante o mandato presidencial de Bolsonaro. As ações deliberadas do grupo mostram um comprometimento com a tentativa de ruptura institucional, colocando Bolsonaro como figura central na articulação.

Próximos passos

As investigações continuam em andamento e podem resultar em desdobramentos políticos e jurídicos para Bolsonaro e outros envolvidos. O relatório já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que avaliará os próximos passos no processo.


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