Relatório inicial do caso entrou no painel de ocorrências do Cenipa sem apontar nenhuma causa provável para o acidente. Investigação não tem prazo para terminar.
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Anac diz que o avião estava com a manutenção em dia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera |
Neste domingo (31) o acidente de avião que matou um piloto, quatro jogadores e o presidente do Palmas Futebol e Regatas completa uma semana. A investigação sobre a tragédia está em aberto e por enquanto ainda não se sabe a causa da queda da aeronave. O relatório inicial do caso entrou no sistema do Centro de Instigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), sem apontar fatores que podem ter contribuído.
O documento tem um resumo do acidente com o relato das testemunhas: "Após a decolagem, segundo relatos de observadores, a aeronave manteve uma atitude de aproximadamente 90°, vindo posteriormente a perder sustentação e colidir contra o solo. A aeronave teve danos substanciais. Todos a bordo sofreram lesões fatais", diz o texto.
A investigação segue em aberto e não tem prazo para terminar. Na manhã seguinte ao acidente, peritos começaram a analisar os destroços. Como o avião pegou fogo, itens como o manifesto e o livro de bordo, que poderiam fornecer pistas sobre o que aconteceu antes da decolagem, foram destruídos.
As imagens do dia do acidente também estão sob análise. O vídeo feito pelas câmeras de segurança do aeródromo, que mostra a passagem do bimotor pela pista, foi entregue as autoridades. Também é esperado que vídeos de celulares feitos por testemunhas, que mostram o avião em chamas e explosões, seja incluso no relatório final.
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Jogador registrou a imagem minutos antes do acidente — Foto: Reprodução |
A Agência Nacional de Aviação Civil confirmou que a manutenção do avião estava em dia. A agência ainda apura qual o tipo de transporte que era feito com o avião, se particular ou remunerado. O bimotor não tinha autorização para fazer táxi aéreo.
O acidente
A queda do avião foi logo após a decolagem no dia 24 de janeiro. Os relatos das testemunhas indicam que o choque com o solo foi segundos após a tentativa de levantar voo e que logo em seguida houve duas explosões.
O avião levaria os jogadores e o dirigente do Palmas para Goiânia. A equipe enfrentaria o Vila Nova, pela Copa Verde. A partida foi remarcada para fevereiro.
Os quatro atletas que estavam na aeronave embarcaram no avião porque testaram positivo para a Covid-19. O período de isolamento deles terminaria no domingo (24) e por isso o time optou por enviá-los na aeronave de pequeno porte. A ideia era que eles participassem da partida da segunda-feira (25), já que estariam aptos para entrar em campo. Os outros integrantes iriam em um voo comercial no final da tarde do domingo.
O acidente causou a morte de seis pessoas. A aeronave era pilotada por Wagner Machado Júnior, que tinha mais de 30 anos de experiência em aviação, segundo um amigo próximo. Entre os integrantes do time, além de Lucas Meira também estavam a bordo o goleiro Ranule, o lateral-esquerdo Lucas Praxedes, o zagueiro Noé e o atacante Marcus Molinari.
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Vítimas do acidente aéreo que levava parte da delegação do Palmas — Foto: XV de Jaú/Divulgação; Caldense/Divulgação-Reprodução
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Por G1 Tocantins
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