Palmas (TO), Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025

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Botafogo faz história e conquista a primeira Libertadores, superando adversidade e Atlético-MG

Mesmo com um a menos, Botafogo se impõe e conquista a Libertadores com vitória por 3x1 sobre o Atlético-MG

30/11/2024

19:05

DA REDAÇÃO

©REPRODUÇÃO

Na tarde de sábado, 30 de novembro, o Botafogo fez história em Buenos Aires e conquistou sua primeira Libertadores, superando o Atlético Mineiro por 3x1 no Monumental, um jogo que ficará marcado como um exemplo de superação, organização e força coletiva. Mesmo com a expulsão precoce de Gregore, o Botafogo demonstrou uma estratégia eficaz e a capacidade de se manter firme diante de um adversário caótico e sem soluções claras durante a partida.

O confronto teve início com um cenário adverso para o Botafogo logo nos primeiros minutos. Gregore foi expulso ainda no primeiro tempo, após uma entrada dura em Fausto Vera, deixando o time carioca com um a menos. Contudo, a reação imediata do técnico Artur Jorge, que ajustou a equipe com a entrada de Marlon Freitas na linha defensiva e a formação de uma "linha de cinco", foi fundamental para neutralizar o poder ofensivo do Atlético Mineiro.

O jogo e a estratégia do Botafogo

Apesar da inferioridade numérica, o Botafogo se manteve firme na defesa, com uma marcação consistente que impediu o Atlético de criar jogadas efetivas. A equipe mineira, apesar de ter a posse de bola, se mostrava lenta e sem inspiração. Os passes eram lateralizados, e os jogadores como Hulk, Paulinho e Deyverson se viam isolados na tentativa de ultrapassar a defesa bem armada do Glorioso.

O Botafogo, por sua vez, soube se organizar. Almada e Igor Jesus cuidavam da contenção no meio-campo, enquanto Luiz Henrique se destacava no setor defensivo e ofensivo, com uma marcação forte sobre Guilherme Arana e movimentações incisivas. A transição ofensiva do Botafogo foi igualmente eficaz, com rápidos contra-ataques e boas triangulações que sempre levavam a equipe a pressionar a defesa adversária.

Primeiro gol e pênalti de Alex Telles

O primeiro gol do Botafogo foi um exemplo claro de aproveitamento das fragilidades do Atlético. Almada iniciou a jogada, passando a bola para Luiz Henrique, que fez um chute certeiro para vencer o goleiro Everson. A confiança do Botafogo aumentou ainda mais quando, aos 43 minutos do primeiro tempo, Arana cometeu um erro grave, permitindo que Luiz Henrique antecipasse uma bola e fosse derrubado pelo goleiro mineiro. Alex Telles converteu o pênalti, colocando o Botafogo em vantagem por 2x0.

O Atlético Mineiro reage, mas não é suficiente

No intervalo, o técnico do Atlético, Gabriel Milito, fez alterações, promovendo a entrada de Mariano, Bernard e Vargas, na tentativa de aumentar a pressão e corrigir os problemas táticos. A resposta foi imediata. Vargas marcou um gol de cabeça logo no início do segundo tempo, e o Atlético, agora com mais dinamismo, aumentou a pressão sobre o Botafogo.

Hulk passou a atuar com mais liberdade pela ponta-direita, e o time mineiro criou várias oportunidades, incluindo um lance em que Vargas teve uma chance clara de empatar, mas não aproveitou. A defesa do Botafogo, com Adryelson e Barboza, se manteve firme e evitou que o Galo aproveitasse as falhas que surgiram durante o segundo tempo.

O técnico Artur Jorge reagiu à pressão colocando Danilo Barbosa e Marçal em campo, com o objetivo de fortalecer a defesa e controlar os avanços de Hulk. A estratégia se mostrou eficiente, e o Botafogo seguiu se defendendo com coragem, mesmo diante de um Atlético cada vez mais ofensivo e organizado.

O gol da consagração

Nos minutos finais, a vitória do Botafogo foi selada de maneira épica. Vargas teve duas grandes chances de empatar o jogo, mas perdeu as oportunidades. A história, então, teve seu desfecho nos pés de Junior Santos, artilheiro da competição. O atacante, que já havia sido um dos maiores destaques da equipe, "arrastou" a zaga mineira para garantir o gol da vitória e selar o título inédito da Libertadores para o Botafogo, fechando o placar em 3x1.

A vitória coletiva e o futuro

A vitória do Botafogo foi construída de forma coletiva, com destaques individuais como Artur Jorge, que teve frieza para adaptar a equipe após a expulsão de Gregore, e Luiz Henrique, que se mostrou decisivo tanto na defesa quanto no ataque. Outros nomes como Almada, Igor Jesus e o incansável Junior Santos também desempenharam papéis fundamentais. A tática de Artur Jorge, que não apenas se preocupou em se defender, mas também manteve o time ativo no ataque, foi crucial para o sucesso da equipe.

Com a conquista da Libertadores, o Botafogo entra para a história do futebol brasileiro, e agora terá a oportunidade de ampliar sua conquista com o Campeonato Brasileiro, onde, com a mesma determinação e organização, pode alcançar mais glórias.

Escalações finais:

Botafogo: Everson, Adryelson, Barboza, Marlon Freitas, Alex Telles, Luiz Henrique, Almada, Igor Jesus, Savarino, Junior Santos, Matheus Martins.
Atlético Mineiro: Everson, Arana, Lyanco, Junior Alonso, Fausto Vera, Paulinho, Hulk, Deyverson, Vargas, Bernard, Mariano.

O Botafogo fez história ao superar as adversidades e vencer o Atlético Mineiro na final da Libertadores, confirmando o favoritismo e mostrando que, mesmo nos momentos mais difíceis, é "Tempo de Botafogo".


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