Palmas (TO), Sexta-feira, 24 de Janeiro de 2025

SAÚDE

Tocantins já realizou 416 transplantes de córneas

Coordenado pelas equipes da SES-TO, o serviço atendeu 70 pacientes em 2024

24/01/2025

11:00

SECOM

LUCIANA BARROS

©DIVULGAÇÃO

O transplante de córnea ajuda a restaurar a visão, transforma a vida de uma pessoa, proporcionando a retomada de atividades comuns como dirigir, entre outros. Os cidadãos tocantinenses contam com o Banco de Olhos do Tocantins (Boto) que funciona  nas dependências do Hospital Geral de Palmas (HGP). O local é responsável pela captação e preservação de tecidos oculares que serão fornecidos à Central de Transplantes do Tocantins (CETTO) para distribuição, que possibilitará a realização de transplantes que atendam a demanda do Estado e do país.

Atualmente, no Tocantins, 257 pessoas estão na lista de espera para receber o transplante de córnea. Graças ao empenho das equipes da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), o Tocantins alcançou a marca de 416 transplantes de córnea.  Só em 2024, foram 70.

A coordenadora do Boto, Ana Beatriz Dias explicou sobre o processo de doação: “a princípio, todas as pessoas entre 2 e 80 anos podem ser doadoras, a equipe fará a avaliação para confirmar. Após a doação ser consentida pela família, a equipe do Banco de Olhos realiza a captação das córneas. Depois da captação, é feita a reconstituição de forma que não altera as características físicas do doador. Após esse procedimento, as córneas serão analisadas dentro do Banco de Olhos, onde ficarão armazenadas em um líquido próprio, enquanto aguardam resultados de exames sorológicos. Diante de um tecido de qualidade e resultados sorológicos negativos, a córnea será distribuída, podendo ser utilizada até 14 dias após o preparo.”

“A captação das córneas pode ser realizada em paciente doador com o coração parado ou com morte encefálica. O transplante de córnea é o procedimento cirúrgico indicado para os casos em que há alteração na transparência ou no formato da córnea e em alguns casos de infecção grave”, acrescentou a especialista.

O Gesseiro Paulo Célio Silva já fez transplante de um olho  e aguarda na fila para fazer o outro olho. “Tenho 35 anos e há quase dois anos fiz o transplante de córnea que mudou a minha vida. Hoje tenho uma vida bem melhor, bem mais ativa graças ao transplante. O que eu posso dizer aos familiares que fazem doação é que é um ato que ajuda a gente demais que está na fila, é uma esperança mais na nossa vida”, declarou.

Como ter acesso?

Para que o paciente entre na fila de espera de transplante é necessário que realize uma consulta com oftalmologista que lhe dê indicação para necessidade do procedimento. Com a indicação médica, a pessoa é inserida na fila da Central Estadual de Regulação que a encaminhará para o HGP. No ambulatório do HGP, o oftalmologista fará um laudo médico confirmando a necessidade e encaminhando o paciente para avaliação da equipe de transplante que vai cadastrar o usuário no Sistema Informatizado de Gerenciamento. Seguindo o fluxo, já está na fila da Central Nacional de Transplante.

Desejo de doar

Conforme a coordenadora  da CETTO, Suziane Aguiar Crateús Vilela, “é de suma importância que as pessoas falem com a sua família o desejo de doar órgãos e tecidos, pois eles são os únicos que podem autorizar que o procedimento seja realizado. Diversas pessoas aguardam por um transplante e a doação é um ato de amor e empatia ao próximo A doação é um ato nobre, é uma corrente do bem doar sem conhecer quem irá receber. É o sim para vida”.


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