Palmas (TO), Terça-feira, 01 de Abril de 2025

Política / Justiça

Moraes arquiva investigação contra Bolsonaro sobre fraude em cartão de vacina

Decisão atende a pedido da PGR, que não encontrou provas que confirmassem a delação de Mauro Cid sobre a suposta fraude

28/03/2025

15:29

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (28) o arquivamento da investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Gutemberg Reis por suposta participação em um esquema de fraude nos certificados de vacinação contra a Covid-19.

A decisão segue pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), apresentado pelo procurador-geral Paulo Gonet, que alegou falta de provas que confirmassem a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

📁 Delação sem provas confirmatórias

Em sua delação, Mauro Cid afirmou ter agido a mando do ex-presidente na inserção de dados falsos sobre vacinação nos sistemas do Ministério da Saúde. A Polícia Federal, que investigava o caso, confirmou que os dados foram inseridos e posteriormente apagados, mas, segundo a PGR, não houve provas suficientes de que Bolsonaro tenha dado a ordem diretamente.

“Não se trata de afirmar que não houve crime, mas sim que não foi cumprida a exigência legal de confirmação da delação com provas independentes”, argumentou Paulo Gonet.

🧾 Investigação da PF e posição da PGR

A investigação da PF havia resultado no indiciamento de Bolsonaro, Mauro Cid, Gutemberg Reis e outras 14 pessoas, pelos crimes de:

  • Associação criminosa

  • Inserção de dados falsos em sistema público

Entretanto, a PGR concluiu que não houve elementos suficientes para apresentar denúncia formal contra o ex-presidente e o parlamentar.

No caso do deputado Gutemberg Reis, a PGR destacou que há indícios de que ele se vacinou de fato, além de ter feito postagens públicas incentivando a imunização contra a Covid-19.

🔍 Mauro Cid segue como delator no caso do 8 de janeiro

Embora o conteúdo de sua delação premiada não tenha sido confirmado no caso do cartão de vacina, Mauro Cid segue como colaborador da Justiça, e suas declarações foram aproveitadas no processo que apura a tentativa de golpe de Estado — no qual Bolsonaro já é réu no STF.


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