Palmas (TO), Quarta-feira, 23 de Abril de 2025

Interior / Caseara

Delvânia Campelo morre após 21 dias internada e família autoriza doação de órgãos; namorado é indiciado por feminicídio

Crime aconteceu em Caseara; vítima foi transferida em estado grave para o HGP, onde faleceu. Suspeito está preso e responde por feminicídio consumado

12/04/2025

17:00

DA REDAÇÃO

©REDES SOCIAIS

A morte de Delvânia Campelo da Silva, de 50 anos, comoveu a comunidade tocantinense e reacendeu o alerta sobre a violência contra a mulher. Após 21 dias internada no Hospital Geral de Palmas (HGP) devido a agressões sofridas em uma chácara na zona rural de Caseara, Delvânia teve morte encefálica confirmada na sexta-feira (11). Em um ato de solidariedade, sua família autorizou a doação de múltiplos órgãos, que agora serão destinados a pacientes do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

Captação de órgãos em meio à dor

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou que a equipe da Central Estadual de Transplantes iniciou o processo de exames para viabilizar a captação. O procedimento foi realizado com apoio do SNT, seguindo os protocolos técnicos e legais.

“A família, mesmo em luto, transformou a dor em esperança para outras vidas. Delvânia agora segue viva no corpo de quem tanto esperava por uma nova chance”, destacou a coordenadora da CETTO, Tatiana Oliveira Costa, em nota anterior.

Feminicídio confirmado e prisão do suspeito

Delvânia foi agredida no dia 22 de março e socorrida ainda em Caseara, mas o quadro clínico exigiu transferência imediata para a capital. O principal suspeito é o então namorado, Gilman Rodrigues da Silva, de 47 anos, que foi indiciado por feminicídio pela Polícia Civil na sexta-feira (11). Ele está preso preventivamente desde o dia 3 de abril.

Inicialmente, o caso era investigado como tentativa de feminicídio, mas foi reclassificado após a morte da vítima. Relatos de pessoas próximas ao casal indicam um histórico de relacionamento conturbado, com episódios recorrentes de ciúmes e agressões físicas.

Áudios apagados e tentativa de despistar socorro

Segundo a investigação, Delvânia conseguiu pedir ajuda em um grupo de mensagens, mas os áudios teriam sido apagados pelo suspeito, que em seguida tentou minimizar a situação com mensagens dizendo que “não estava acontecendo nada”.

Gilman chegou a se apresentar à polícia no dia 25 de março, acompanhado de advogado, alegando legítima defesa. Como não havia flagrante, ele não foi preso naquele momento. A prisão preventiva foi decretada posteriormente, com base na gravidade dos ferimentos e no risco de fuga, sendo cumprida no início de abril.

Defesa pede investigação detalhada

Em nota oficial, a defesa de Gilman Rodrigues da Silva declarou profundo pesar pela morte de Delvânia e afirmou que espera a conclusão das investigações para que “todos os fatos sejam devidamente aclarados”. O advogado Marcos Candal destacou que o direito de defesa será exercido dentro do devido processo legal.


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