Política / Justiça
João Campos assume comando do PSB e defende Alckmin como vice de Lula em 2026
Aos 31 anos, prefeito do Recife assume liderança nacional do partido e mira fortalecimento da legenda para as eleições presidenciais
02/06/2025
13:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), assumiu neste domingo (1º) a presidência nacional do PSB, durante o congresso da legenda realizado em Brasília. Com apenas 31 anos, João substitui Carlos Siqueira, que comandava o partido desde 2014, e terá a missão de fortalecer o PSB para as eleições de 2026, além de manter Geraldo Alckmin como vice-presidente na possível chapa de reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O PSB vai estar unido e preparado para seguir contribuindo com o projeto democrático e progressista que o Brasil precisa”, afirmou João Campos no evento.
Apesar de representar uma renovação geracional no PSB, João Campos traz consigo um forte legado familiar:
Bisneto de Miguel Arraes, histórico líder socialista e ex-governador de Pernambuco;
Filho de Eduardo Campos, que também governou o Estado e foi candidato à Presidência em 2014, falecido em um acidente aéreo.
Reeleito prefeito do Recife com mais de 70% dos votos em 2024, João é cotado como uma das principais apostas da esquerda para o futuro, com expectativa de disputar o Governo de Pernambuco em 2026.
João Campos sinalizou que irá trabalhar pela manutenção de Geraldo Alckmin como vice de Lula, apesar de pressões dentro do governo para ceder a vaga a partidos como MDB ou PSD. O nome de Alckmin também aparece como possível candidato ao governo paulista ou ao Senado, numa movimentação para conter o avanço do bolsonarismo em São Paulo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou por cerca de uma hora no congresso do PSB e pediu uma mobilização digital mais forte da esquerda. Ele criticou o avanço da extrema direita nas redes sociais e convocou os militantes a atuarem como influenciadores.
“Vamos fazer uma revolução na rede digital. Cada um de vocês tem que virar um influencer. Atacou o PSB? Pau em quem atacou o PSB”, declarou Lula.
Ao final, o presidente também comentou sobre a possibilidade de concorrer à reeleição em 2026:
“Se eu estiver bonitão, apaixonado e motivado do jeito que estou, a extrema direita não volta a governar este País nunca mais”, afirmou Lula, sendo ovacionado pela militância ao som de “sem anistia” — recado contra o perdão aos golpistas do 8 de janeiro.
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