Política / Saúde
Bolsonaro é internado em Brasília para bateria de exames após passar mal e cancelar agenda em Goiás
Ex-presidente apresenta complicações relacionadas à cirurgia abdominal feita em abril; estado de saúde será reavaliado ao longo do dia
21/06/2025
10:15
DA REDAÇÃO
©ARQUIVO
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado na manhã deste sábado (21) no hospital DF Star, em Brasília, para a realização de uma bateria de exames médicos, após sentir-se mal e cancelar compromissos políticos que tinha em Goiás na sexta-feira (20).
Os exames têm como objetivo avaliar se os sintomas apresentados — incluindo fortes dores abdominais e vômitos — estão relacionados às complicações da cirurgia abdominal feita em abril, que durou cerca de 12 horas. A internação será reavaliada ao longo do dia, conforme a evolução clínica e os resultados dos exames, segundo informações de pessoas próximas ao ex-presidente, divulgadas pela Folha de S.Paulo.
O acompanhamento médico é conduzido pelo cirurgião Cláudio Birolini, chefe da equipe que trata Bolsonaro desde as complicações decorrentes da facada sofrida em 2018, durante a campanha presidencial em Juiz de Fora (MG).
Na sexta-feira, Bolsonaro cancelou sua participação em um evento na prefeitura de Anápolis (GO), onde receberia um diploma de honra ao mérito, após passar mal. Antes do mal-estar, ele havia visitado o Frigorífico Goiás, conhecido por ter comercializado a chamada “Picanha Mito”, vendida a R$ 22, referência ao número de sua candidatura em 2022, fato que gerou a abertura de um inquérito da Polícia Federal por propaganda eleitoral irregular.
Na quinta-feira (19), durante uma cerimônia na Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, onde recebeu o título de cidadão da cidade, Bolsonaro já havia demonstrado indisposição. No discurso, chegou a interromper sua fala e desabafou:
“Desculpem, estou muito mal. Vomito dez vezes por dia”, disse o ex-presidente na ocasião.
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), um dos principais aliados de Bolsonaro, comentou o episódio e afirmou que “ninguém na política brasileira faz um sacrifício tão grande como Bolsonaro”.
“Ele estava muito mal, disse que não conseguiria falar. Mas quando vê o carinho das pessoas, se sente na obrigação de retribuir”, declarou o parlamentar.
A internação ocorre dias após Bolsonaro prestar interrogatório ao Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022. Foi a primeira vez que o ex-presidente respondeu diretamente aos questionamentos do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
Durante o depoimento, Bolsonaro negou ter discutido um golpe de Estado, mas admitiu conversas com chefes das Forças Armadas sobre possíveis “alternativas dentro da Constituição” para reverter o resultado eleitoral.
Bolsonaro, que já está inelegível até 2030, é réu no STF e responde pelos crimes de:
Golpe de Estado
Tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito
Associação criminosa armada
Dano qualificado ao patrimônio público
Deterioração do patrimônio tombado
Se condenado, pode ser sentenciado a mais de 40 anos de prisão, além de ter o período de inelegibilidade ampliado.
A cirurgia realizada em abril foi a sexta intervenção médica relacionada às sequelas da facada de 2018 e, segundo a equipe médica, foi a mais longa e complexa até então. Bolsonaro permaneceu internado por três semanas, boa parte desse período na UTI, tratando de obstruções intestinais e reparação da parede abdominal.
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