Uma nova variante da Covid-19, batizada popularmente de Nimbus e oficialmente identificada como NB.1.8.1, está se espalhando rapidamente em diversos países. Segundo dados recentes da CNN, essa variante já responde por um terço dos casos nos Estados Unidos, um salto expressivo se comparado ao mês anterior, quando representava apenas 5% das infecções no país.

A variante começou a se espalhar inicialmente na China e, desde então, tem sido monitorada por órgãos de saúde internacionais, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que acompanha a evolução do cenário.

O que se sabe sobre a variante Nimbus?

De acordo com especialistas, a Nimbus é resultado das constantes mutações do vírus SARS-CoV-2. A médica Leana Wen explica que “quanto mais o vírus circula, mais oportunidades ele tem para sofrer mutações”.

A OMS afirma que, até o momento, não há evidências de que a Nimbus seja mais grave do que variantes anteriores. No entanto, os dados sugerem que ela pode ser mais contagiosa, embora ainda não esteja se espalhando de forma muito diferente das variantes anteriores.

Vacinas continuam protegendo?

A eficácia exata das vacinas contra a Nimbus ainda está sendo analisada. Contudo, especialistas afirmam que a NB.1.8.1 é uma descendente próxima de variantes para as quais as vacinas têm se mostrado eficazes.

O que se sabe até agora é que a proteção contra casos graves, hospitalizações e mortes permanece robusta, especialmente entre pessoas com o ciclo vacinal completo e doses de reforço atualizadas.

Quais são os sintomas da variante Nimbus?

Os sintomas associados à Nimbus são muito semelhantes aos de outras variantes da Covid-19. Veja os principais:

• Congestão nasal (semelhante a uma crise alérgica)

• Febre

• Dor de garganta intensa (relatada como sensação de cortes de lâmina de barbear)

• Fadiga e cansaço extremo

• Dor de cabeça

• Dores musculares e no corpo

• Tosse

• Dificuldade para respirar

• Vômitos e diarreia

O médico William Schaffner, em entrevista ao portal HuffPost, destacou que os relatos de dor de garganta mais intensa são comuns, mas esclareceu que os sintomas não são inéditos nem mais severos do que os já observados em outras variantes.

“Quando surgem novas variantes, sempre aparecem relatos de sintomas diferentes, mas os dados acabam mostrando que são manifestações semelhantes às de fases anteriores da pandemia”, explicou.

Como se prevenir da variante Nimbus?

As medidas de prevenção continuam as mesmas adotadas desde o início da pandemia:

• Uso de máscara em locais fechados e com aglomerações

• Higienização constante das mãos

• Ambientes bem ventilados

• Evitar locais lotados, especialmente para pessoas do grupo de risco

• Manter a vacinação em dia, inclusive com doses de reforço atualizadas

A médica Leana Wen reforça que “as mesmas precauções continuam essenciais para evitar não só a Covid-19, como também outras doenças respiratórias”.

Acompanhamento constante

A comunidade científica segue monitorando a evolução da Nimbus. Até o momento, não há indicação de que a variante cause um novo colapso sanitário, mas a vigilância epidemiológica segue reforçada em diversos países, incluindo Estados Unidos, China e países da Europa.