Palmas (TO), Sábado, 19 de Julho de 2025

Política Internacional

Trump acusa STF de “justiça armada” contra Bolsonaro e revoga vistos de ministros, diz Casa Branca

Vice-secretária de imprensa dos EUA afirma que ex-presidente brasileiro é alvo de perseguição e governo Trump reage com sanções diplomáticas

19/07/2025

07:30

DA REDAÇÃO

©ARQUIVO

A Casa Branca afirmou nesta sexta-feira (18) que o presidente norte-americano Donald Trump acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está sendo alvo de “um sistema judicial armado”. A declaração foi uma resposta direta às medidas restritivas impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao ex-chefe do Executivo brasileiro.

O presidente Trump acredita que Bolsonaro e seus apoiadores estão sob ataque de um sistema judicial armado. Esta é uma caça às bruxas que não deveria estar acontecendo”, afirmou Anna Kelly, vice-secretária de imprensa da Casa Branca, em nota enviada à CNN Internacional.

Sanção diplomática: vistos revogados

A reação do governo Trump foi imediata. No mesmo dia em que a Polícia Federal cumpriu medidas restritivas contra Bolsonaro, o Departamento de Estado dos EUA anunciou a revogação dos vistos de entrada de oito ministros do STF. A medida inclui também familiares dos magistrados e aliados próximos de Alexandre de Moraes, segundo informou o secretário de Estado Marco Rubio.

Foram poupados da sanção os ministros Nunes Marques, André Mendonça e Luiz Fux, considerados mais alinhados ao conservadorismo jurídico.

Crise internacional e escalada de tensões

A nova investida diplomática marca um novo patamar na crise institucional entre Brasil e Estados Unidos, iniciada com a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, determinada por Trump em resposta ao tratamento jurídico dado a Bolsonaro no Brasil.

A decisão de revogar os vistos de ministros do STF é vista por analistas como uma tentativa de pressionar o Judiciário brasileiro em favor de Bolsonaro, numa estratégia articulada entre o ex-presidente brasileiro, aliados internacionais e a extrema direita norte-americana.

Procurado, o Supremo Tribunal Federal (STF) não se manifestou sobre a medida até o momento.


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