Palmas (TO), Sábado, 09 de Agosto de 2025

Política / Justiça

Ciro Nogueira rebate Malafaia após ser chamado de “traidor” por não assinar impeachment de Moraes

Senador disse que não interfere na igreja do pastor e que decisão política deve seguir vontade da maioria

08/08/2025

07:15

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O senador e presidente do Progressistas (PP), Ciro Nogueira (PI), respondeu ao pastor Silas Malafaia nesta quarta-feira (6), após ser chamado de “traidor” por se recusar a assinar o pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

“Eu não me meto na sua igreja e, se o senhor quiser ser senador e se candidatar e liderar o movimento político que quiser, será muito bem-vindo. Aí, então, verá que, diferentemente da sua igreja, na democracia não é a vontade de um, mas da maioria”, escreveu Nogueira no X (antigo Twitter).

“Pragmático” e sem votos suficientes

Ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), Ciro Nogueira se definiu como “pragmático” e afirmou que a tentativa de impeachment de Moraes não teria sucesso.

“Nós não temos 54 senadores para aprovar”, declarou.

Após a resposta do senador, Malafaia voltou a atacá-lo, acusando-o de “preconceito contra um pastor” e de apoiar uma “ditadura de toga”.

“A liberdade para falar de política é fundamento do estado democrático de direito. Você é daqueles coronéis do Nordeste que não suporta a crítica e o contraditório”, disse o pastor.

Contexto político

O movimento pelo impeachment de Alexandre de Moraes, liderado por parlamentares da oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ganhou força após Jair Bolsonaro ser colocado em prisão domiciliar.

Na semana passada, deputados e senadores bolsonaristas ocuparam as mesas da Câmara e do Senado para exigir a votação da pauta, bloqueando os trabalhos legislativos. Também foram recolhidas assinaturas para tentar abrir o processo.

Apesar disso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou nesta quinta-feira (7) que não colocará o pedido em votação:

“Nem se tiver 81 assinaturas”, garantiu.

Como funciona o processo de impeachment de um ministro do STF

  • Quem vota: todos os senadores

  • Aprovação necessária: maioria simples (41 dos 81 votos)

  • Se rejeitado: pedido é arquivado


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