Saúde
Câncer de fígado: sintomas, fatores de risco e importância do diagnóstico precoce
Especialistas alertam para ligação entre gordura no fígado, cirrose e casos crescentes da doença no Brasil
12/08/2025
06:45
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O câncer de fígado está entre os mais letais no Brasil, ocupando a sexta posição no ranking de mortalidade, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Em 2023, foram estimados 10 mil novos casos no país, com alta taxa de óbitos devido ao diagnóstico tardio. A principal porta de entrada para a doença é a esteatose hepática (gordura no fígado), condição silenciosa que pode evoluir para cirrose e, posteriormente, para o câncer.
O médico Marcos Pontes destaca que cerca de 70% das pessoas com gordura no fígado desconhecem o problema, o que contribui para a progressão sem tratamento. A Sociedade Brasileira de Hepatologia estima que 20% da população brasileira apresente algum grau de esteatose.
A esteatose hepática ocorre quando há acúmulo excessivo de gordura no fígado, muitas vezes associada a:
Obesidade
Diabetes tipo 2
Colesterol alto
Consumo excessivo de álcool
Sem intervenção, a condição pode provocar inflamação crônica, fibrose, cirrose e, em casos graves, levar à necessidade de transplante hepático.
“Ficar muito tempo com a inflamação pode causar cicatrizes no órgão, levando a problemas mais sérios, como cirrose e até transplante”, alerta Pontes.
O câncer de fígado, nos estágios iniciais, pode não apresentar sinais claros. Porém, alguns sintomas devem ser investigados:
Icterícia (olhos e pele amarelados)
Urina escura ou fezes claras
Coceira na pele
Perda de apetite ou náusea persistente
Perda de peso inexplicável
Cansaço extremo
Caroço ou aumento no lado direito do abdômen
Dieta equilibrada e pobre em gorduras saturadas
Prática regular de atividade física
Evitar consumo excessivo de álcool
Controle de peso e glicemia
O diagnóstico pode ser feito por exames de imagem (ultrassonografia, tomografia) e testes de função hepática. Pacientes com fatores de risco devem fazer acompanhamento médico regular.
O aumento dos casos de obesidade e diabetes tipo 2 no Brasil preocupa especialistas. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) aponta que mais de 60% da população brasileira está acima do peso, fator diretamente ligado à esteatose hepática e às complicações no fígado.
“Com o crescimento do sedentarismo e da má alimentação, estamos enfrentando uma epidemia silenciosa que impacta diretamente a saúde do fígado”, alerta Pontes.
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