Palmas (TO), Quarta-feira, 13 de Agosto de 2025

Saúde

Câncer de fígado: sintomas, fatores de risco e importância do diagnóstico precoce

Especialistas alertam para ligação entre gordura no fígado, cirrose e casos crescentes da doença no Brasil

12/08/2025

06:45

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O câncer de fígado está entre os mais letais no Brasil, ocupando a sexta posição no ranking de mortalidade, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Em 2023, foram estimados 10 mil novos casos no país, com alta taxa de óbitos devido ao diagnóstico tardio. A principal porta de entrada para a doença é a esteatose hepática (gordura no fígado), condição silenciosa que pode evoluir para cirrose e, posteriormente, para o câncer.

O médico Marcos Pontes destaca que cerca de 70% das pessoas com gordura no fígado desconhecem o problema, o que contribui para a progressão sem tratamento. A Sociedade Brasileira de Hepatologia estima que 20% da população brasileira apresente algum grau de esteatose.

Riscos e causas da gordura no fígado

A esteatose hepática ocorre quando há acúmulo excessivo de gordura no fígado, muitas vezes associada a:

  • Obesidade

  • Diabetes tipo 2

  • Colesterol alto

  • Consumo excessivo de álcool

Sem intervenção, a condição pode provocar inflamação crônica, fibrose, cirrose e, em casos graves, levar à necessidade de transplante hepático.

“Ficar muito tempo com a inflamação pode causar cicatrizes no órgão, levando a problemas mais sérios, como cirrose e até transplante”, alerta Pontes.

Sintomas que exigem atenção médica

O câncer de fígado, nos estágios iniciais, pode não apresentar sinais claros. Porém, alguns sintomas devem ser investigados:

  • Icterícia (olhos e pele amarelados)

  • Urina escura ou fezes claras

  • Coceira na pele

  • Perda de apetite ou náusea persistente

  • Perda de peso inexplicável

  • Cansaço extremo

  • Caroço ou aumento no lado direito do abdômen

Prevenção e diagnóstico precoce

  • Dieta equilibrada e pobre em gorduras saturadas

  • Prática regular de atividade física

  • Evitar consumo excessivo de álcool

  • Controle de peso e glicemia

O diagnóstico pode ser feito por exames de imagem (ultrassonografia, tomografia) e testes de função hepática. Pacientes com fatores de risco devem fazer acompanhamento médico regular.

Um problema em crescimento no país

O aumento dos casos de obesidade e diabetes tipo 2 no Brasil preocupa especialistas. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) aponta que mais de 60% da população brasileira está acima do peso, fator diretamente ligado à esteatose hepática e às complicações no fígado.

“Com o crescimento do sedentarismo e da má alimentação, estamos enfrentando uma epidemia silenciosa que impacta diretamente a saúde do fígado”, alerta Pontes.


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