Palmas (TO), Domingo, 20 de Abril de 2025

Promotoria abre inquérito para investigar celular apreendido durante prova da PM em Palmas

25/09/2018

11:30

TN

Inquérito civil público foi aberto pela 28ª Promotoria de Justiça da capital. Concurso foi realizado em março, mas está suspenso desde abril deste ano.

Imagens de gabaritos circularam nas redes sociais no dia da prova ©Divulgação 
Um inquérito civil foi aberto pelo Ministério Público para investigar uma suspeita de fraude no concurso da Polícia Militar, em Palmas. A investigação é sobre um celular que foi apreendido durante a aplicação das provas na Escola Municipal Darcy Ribeiro. A promotoria já havia informado sobre as investigações em andamento na capital. Porém, só agora divulgou que se trata de um aparelho apreendido.

O concurso da PM foi realizado em março deste ano, mas acabou sendo suspenso um mês depois, após a cassação do ex-governador Marcelo Miranda (MDB).

A Polícia Militar informou que o certame continua suspenso por decisão judicial e decisão administrativa do Tribunal de Contas do Estado e aguarda ser notificada sobre a instauração da ICP para os encaminhamentos cabíveis. O G1 também entrou em contato com o governo do Tocantins e aguarda um posicionamento sobre a nova investigação.

O inquérito civil público foi aberto pelo promotor Adriano Cásar Pereira das Neves na semana passada. Porém, só foi publicado no diário do Ministério Público desta segunda-feira (24).

Conforme a investigação, o aparelho localizado na escola Darcy Ribeiro estava dentro de um rolo de papel higiênico em um dos banheiros da unidade.

O caso também está sendo investigado pela 2ª Delegacia de Polícia de Palmas, que conseguiu a quebra do sigilo telefônico do suspeito detido com o celular e realizou perícia no aparelho. Porém, a investigação ainda não foi concluída.

Outras investigações

Na época do concurso, um celular também foi apreendido em Araguaína. Várias fotos de gabaritos também chegaram a circular nas redes sociais. Uma investigação foi aberta pela Delegacia de Investigações Criminais e deu origem a operação Aleteia. Na época, 14 pessoas foram presas em Tocantins, Maranhão e Piauí suspeitas de integrar uma quadrilha especializada em fraudar concursos públicos.

O delegado José Anchieta de Menezes afirmou que todo o concurso pode ter sido prejudicado.

"É um dos riscos da continuidade deste concurso da Polícia Militar do Tocantins. Porque ainda não foi possível se chegar ao dano exato e impedir todos que teriam praticado a fraude. Corre o risco de, caso o concurso continue, pessoas que não foram aprovadas da forma devida entrem na Polícia Militar", disse o Anchieta.

Depois disso, o Ministério Público emitiu uma recomendação para que o concurso não seja retomado. Naquela ocasião, o promotor Adriano Cesar Pereira das Neves afirmou que investigações também estavam sendo feitas pela polícia em Palmas e Arraias.

Concurso

Provas da PM seriam para mais de mil vagas ©Lia Mara/Governo do Tocantins
As provas do concurso foram aplicadas no dia 11 de março. Foram oferecidas 1 mil vagas para soldado e mais 40 para oficial da PM. Ao todo, mais de 70 mil pessoas fizeram as provas em 17 cidades.

O concurso também é composto por avaliação de capacidade física, avaliação psicológica, médica e odontológica e investigação social. A previsão inicial era que o resultado final de todas as etapas do concurso fosse divulgado em agosto deste ano.

O subsídio inicial durante o Curso de Formação de Oficiais é de R$ 4.499,52 e para o Curso de Formação de Soldados é de R$ 2.215,10.

Por G1 Tocantins

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