Dia da Árvore: Palmas contabiliza 20 mil mudas plantadas em quase três anos
No lançamento do Programa MudaClima, em 2019, a estimativa era de que havia um déficit de pelo menos 200 mil árvores na Capital; até agora já foi cumprida 10% da meta inicial
21/09/2021
10:15
SECOM
GEORGETHE PINHEIRO
©DIVULGAÇÃO
A árvore é um bem de valor inestimável e muitas vezes preterido pelo homem. Porém, a lista de benefícios para quem a possui e reconhece seu valor é infinita. E é apostando nesta riqueza natural que a Fundação Municipal de Meio Ambiente (FMA) mantém o Programa ‘MudaClima’, de arborização de Palmas. E neste 21 de setembro, data em que se comemora o Dia da Árvore, a FMA destaca o plantio de cerca de 20 mil mudas ao longo de quase três anos do Programa, segundo explica o engenheiro agrônomo Roberto Campos, responsável pelo ‘MudaClima’ e pelo Viveiro Municipal – Horto Florestal.
Ele lembra que no lançamento do Programa, em 2019, a estimativa era de que havia um déficit de pelo menos 200 mil árvores na Capital e que do quantitativo estimado para plantio à época, a FMA já cumpriu 10% da meta. “No entanto, a cidade é dinâmica. Novas quadras, avenidas e ruas foram abertas, e por isso precisamos ampliar nossas metas. Então, no lugar das 200 mil plantas iniciais, agora estimamos 220 mil mudas”, explicou Campos.
O presidente da Fundação, Fábio Chaves, assegura que o município segue determinado em realizar todo o plantio necessário, tanto para cobertura de novos espaços, quanto para recuperação de locais que tenham sido desmatados anteriormente. “Os processos de urbanização muitas vezes impõem a supressão de vegetação, mas para correção dessas situações a FMA trabalha com as compensações ambientais. O mesmo também vale para a zona rural. Somos vigilantes no que diz respeito a preservar nosso meio ambiente”, destaca.
Aprovação
Além do compromisso da FMA, o Programa ‘Muda Clima’ também recebe aprovação externa a exemplo do arquiteto, especializado em sustentabilidade e bem-estar Luis Hildebrando Paz, que inclusive realizou um estudo sobre a presença de árvores no espaço urbano da Capital e a influência delas no clima.
O arquiteto, no entanto, destaca que o programa precisa ser aplicado preferencialmente nas regiões mais acessadas pela população e que têm menos presença de vegetação. Hildebrando conta que em seus estudos chegou a identificar até dez graus centígrados (°C) de diferença entre uma área arborizada e uma sem cobertura de vegetação.
Entre os benefícios diretos oferecidos por uma área arborizada, o especialista elenca a formação de ilhas de frescor, presença de uma vasta biodiversidade e oferta de alimentos. “Muito além da sombra, as árvores têm uma função ecológica mais ampla, permitindo a presença de animais, pássaros, alimentos, dentre outros”, descreve Hildebrando.
Ele alerta que o avanço indiscriminado da urbanização pode resultar na perda das ilhas de frescor, fazendo com que a temperatura na cidade seja cada vez mais elevada. “Aqui em Palmas já perdemos algumas dessas ilhas de frescor, por isso essas variações de temperatura de um local para outro”, salienta.
O arquiteto explica que uma área com vegetação tem influência climática de até 250m² de seus arredores. Já a Organização Mundial de Saúde (OMS), órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), recomenda um mínimo de 12m² de área verde por habitante, o que equivale a três árvores por habitante.
Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), de 2010, Palmas possui 79,9% de arborização de vias públicas, ficando à frente de João Pessoa (PB), que tem 78,4% para o mesmo item e Rio de Janeiro (RJ), com 70,5 % de vias públicas arborizadas.
Plano de Arborização
Apesar de Palmas já ter nascido numa região com grande presença de vegetação, a arborização urbana precisa ser planejada. Por isso, desde 2016 o município tem executado o plantio de árvores em suas ruas, avenidas, parques, praças, jardins, estacionamentos seguindo o Plano de Arborização Urbana de Palmas.
O plano foi desenvolvido pelo município, em parceria com a Fundação de Amparo e Apoio Tecnológico e Científico do Tocantins (Fapto), e orienta quais espécies são adequadas para cada região da cidade, além de considerar a presença de outros equipamentos públicos, a exemplo de linhas de transmissão de energia, comunicação e distribuição de água, dentre outros.
“Uma das principais características de Palmas é a natureza que ela expõe em toda a sua extensão e nosso trabalho na Fundação inclui estarmos atentos para proteção desse patrimônio, além de recuperação do que eventualmente tenha sofrido algum tipo de desgaste”, finalizou o presidente Fábio Chaves.
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