SAÚDE
Saúde de Palmas começa campanha contra tracoma na ETI Almirante Tamandaré
02/09/2022
17:35
ASSECOM
©DIVULGAÇÃO
Nesta sexta-feira, 2, a Coordenação Técnica das Doenças Infectocontagiosas da Secretaria Municipal da Saúde (Semus) começou a campanha contra o tracoma, doença ocular inflamatória e altamente transmissível, nas escolas municipais de Palmas. A Escola de Tempo Integral (ETI) Almirante Tamandaré foi a primeira a receber as equipes da Semus, onde os alunos de até 9 anos passaram por avaliação.
A intenção da Semus é avaliar 17.508 crianças de 1 a 9 anos de idade em 36 escolas municipais da Capital até o dia 30 de setembro. Confira a lista completa das escolas abaixo. O diagnóstico da doença é clínico e as unidades escolares receberão um enfermeiro capacitado para fazer o exame ocular com apoio de um profissional da unidade de saúde da região. Além disso, auxiliarão na campanha, residentes do Programa Saúde Coletiva da Fundação Escola de Saúde Pública (Fesp).
Para Marêssa Castro, diretora de Vigilância e Saúde da Semus, a retomada da avaliação do tracoma nas escolas serve para interromper o ciclo da doença e demonstrar o quanto a Capital está alcançando em nível de saúde. “A partir desse rastreio, conseguimos observar como a cidade está em relação a outros fatores de saúde como o saneamento básico e o esclarecimento da população. Para além da doença, quando temos um nível alto de casos positivos, esses diagnósticos nos trazem uma reflexão de todo o panorama de saúde da nossa cidade”, explica.
A coordenadora de doenças infectocontagiosas, Pâmela Eva Aguiar, explica que a ideia da campanha é fazer com que a população se comova quanto à importância dos cuidados e prevenção ao tracoma. “As crianças foram orientadas e passaram por avaliação. Aquelas que tiverem confirmação para a enfermidade receberão tratamento, assim como seus contatos domiciliares, independentemente da testagem positiva”, explica.
A diretora da ETI Almirante Tamandaré, Idelma Pereira de Basto Santos, reforça a importância da integração entre saúde e escola. “Atendemos uma comunidade muito grande de crianças carentes, que muitas vezes os pais trabalham muito e têm pouco tempo para esse cuidado. Então essa parceria entre a educação e a saúde se torna primordial."
A doença
O tracoma ocorre pela infecção da bactéria Chlamydia trachomatis, principalmente em crianças. No entanto, adultos também podem ter. Caso não seja feito o diagnóstico com rapidez para iniciar o tratamento, pode levar a cegueira.
A doença é caracterizada por olhos vermelhos e irritados, coceira com sensação de areia, intolerância à luminosidade, lacrimação excessiva e com secreções, pode apresentar ainda visão turva e dor ocular. Também há casos assintomáticos, por isso a importância da avaliação profissional. A transmissão pode ser por contato direto, através de secreções oculares e/ou vias aéreas, ou indireto, por meio de objetos contaminados, como toalhas, roupas de cama e materiais escolares, por exemplo.
A melhor forma de evitar a transmissão é o uso individualizado de objetos, lavar as mãos e o rosto com água e sabão, dormir sozinho e trocar roupas de cama frequentemente, além disso, não coçar os olhos diminui as chances de se contaminar. Já o tratamento pode ser feito com uma dose única de Azitromicina. Todas as crianças positivas serão monitoradas e farão o uso do antibiótico, assim como sua rede de familiares.
Lista de escolas selecionadas
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