Palmas (TO), Segunda-feira, 13 de Maio de 2024

ARTIGOS

A parábola das Serpentes Voadoras

28/04/2024

09:00

WILSON AQUINO

WILSON AQUINO*

Uma das narrativas mais cativantes da história da humanidade é a libertação do povo israelita, que durante 400 anos viveu em cativeiro no Egito. Moisés, um levita criado na corte pela filha do faraó do Egito, foi chamado por Deus para conduzir o povo à sua terra prometida: Canaã. A jornada de Moisés é marcada por uma confiança inabalável em Deus, enfrentando uma série de obstáculos sem jamais perder a fé. Durante 40 anos de peregrinação pelo deserto, Moisés liderou seu povo rumo à liberdade, confiando no poder divino para superar medos e incertezas.

Essa jornada não foi apenas física, mas também espiritual. O Senhor, em Sua infinita sabedoria, sabia que o povo precisava libertar- -se de suas amarras interiores e imperfeições. Muitos, logo após a libertação, sucumbiram à incredulidade, chegando a afirmar que viviam melhor quando estavam em cativeiro. Outros, mesmo diante dos inúmeros sinais do poder de Deus, como as pragas do Egito e a abertura do Mar Vermelho, cederam à tentação de criar um ídolo (bezerro) de ouro.

Um dos momentos mais marcantes dessa jornada foi quando o povo, em sua incredulidade, blasfemou contra Deus e Moisés. Como está registrado em Números (21:5), o Senhor enviou serpentes voadoras que picaram e mataram muitos israelitas, até que, arrependidos, pediram perdão e intercessão a Moisés. Diante disso, Deus ordenou a construção de uma serpente de bronze, erguida em uma haste, para que todos aqueles que fossem picados pudessem olhar para ela e serem curados. No entanto, a incredulidade era tão profunda que muitos não obedeceram à orientação divina e pereceram. No final, poucos dos que saíram do Egito alcançaram a terra prometida.

Essa narrativa de um povo subjugado à escravidão, que foi libertado por intermédio de um profeta de Deus para ser guiado em direção à terra prometida, ecoa profundamente no âmago da humanidade. Ela ressoa com uma verdade eterna, espelhando-se no Plano de Salvação do qual agora fazemos parte, após o sacrifício redentor de nosso Salvador, Jesus Cristo.

Ele nos resgatou dos grilhões do pecado, oferecendo-nos a promessa da vida eterna e da comunhão divina. Assim como Moisés conduziu os israelitas através do deserto rumo à terra prometida, Jesus Cristo, com Sua incomparável sabedoria e amor infinito, nos orienta em nossa jornada espiritual.

ivinas muitas vezes ecoa a incredulidade dos antigos israelitas. Mesmo diante de tantos sinais do amor e da provisão divina, alguns ainda resistem em buscar a orientação e a ajuda de Deus em suas vidas. O deserto da incerteza e das tentações parece obscurecer a visão daqueles que hesitam em confiar plenamente na sabedoria e nos cuidados do Criador. É como se, ao invés de olhar para a serpente de bronze erguida para a cura, muitos optassem por ignorar o remédio oferecido, preferindo sofrer nas consequências de sua própria incredulidade.

A dificuldade em seguir os mandamentos e ensinamentos de Jesus Cristo também é uma realidade palpável nos dias de hoje. Embora Suas palavras tragam luz e verdade, a jornada de fé muitas vezes exige um desapego das seguranças do mundo, algo que muitos encontram extremamente desafiador. Apegar-se aos ensinamentos de Cristo em um mundo que muitas vezes os contradiz requer coragem e perseverança, virtudes nem sempre abundantes na jornada espiritual de cada indivíduo.

É como se a mensagem de esperança e salvação oferecida por Jesus Cristo fosse ofuscada pelas preocupações terrenas e pelas tentações do mundo moderno. Muitos lutam para encontrar um equilíbrio entre as demandas da vida cotidiana e a prática dos princípios ensinados pelo Salvador. No entanto, é preciso lembrar que, assim como Moisés conduziu os israelitas através do deserto rumo à terra prometida, Jesus Cristo está sempre ao nosso lado, pronto para nos guiar em nossa jornada espiritual, mesmo quando a jornada se torna árdua e cheia de obstáculos.

No final, a mensagem central permanece: a promessa da vida eterna e da comunhão divina está ao alcance de todos aqueles que escolhem confiar no Senhor e seguir Seus ensinamentos. Assim como os antigos israelitas ansiavam pela terra prometida, nós também podemos encontrar paz e alegria verdadeiras ao caminhar na senda traçada por nosso Salvador, sabendo que Ele nos conduzirá com amor e misericórdia até a morada eterna ao lado do Pai. Que possamos, portanto, renovar nossa fé e confiança no poder redentor de Jesus Cristo, encontrando conforto e esperança em Sua promessa de vida abundante e eterna, pois Seus ensinamentos transcendem o tempo, iluminando o caminho da verdade e da retidão. Seus mandamentos não são meros preceitos, mas sim um mapa seguro para alcançarmos a felicidade plena e eterna.

*Jornalista e professor


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