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Pai não tem o direito de ser ausente!
11/08/2024
10:00
WILSON AQUINO
WILSON AQUINO*
A ausência paterna na educação e formação dos filhos, especialmente dos meninos, tem consequências graves e muitas vezes irreversíveis, conforme demonstrado por inúmeros estudos científicos. Essa ausência coloca em risco não apenas o caráter, mas também a masculinidade do indivíduo. Sem a autoridade e a referência masculina do pai, a identidade masculina pode ser distorcida, levando a problemas de comportamento e de desenvolvimento pessoal.
Um pai presente oferece um modelo de comportamento virtuoso para o filho.
As crianças tendem a imitar os detalhes do perfil paterno, buscando um padrão de masculinidade saudável e equilibrada. Portanto, a presença constante do pai durante todo o processo de crescimento é fundamental para moldar um novo indivíduo que contribuirá positivamente para a sociedade.
A paternidade implica uma responsabilidade imensa. Cada homem deve refletir profundamente sobre seu papel desde a concepção do filho, pois ser pai vai muito além de prover alimento e segurança. Envolve participar ativamente na sua formação moral e espiritual, oferecendo amor, disciplina e orientação.
Nos dias de hoje, com os índices elevados de divórcio e separação, um bom pai deve superar todos os obstáculos para cumprir com suas obrigações paternas. Nada justifica a ausência de um pai em suas responsabilidades com o filho.
Brigham Young, um dos fundadores de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, afirmou: “Somos tutores de nossos filhos e recebemos a responsabilidade de ensiná-los e educá-los. Se não nos esforçarmos para encontrar um modo de salvá-los das influências do mal, quando formos pesados na balança de Deus, seremos achados em falta.” Os pais são responsáveis perante Deus pela educação e orientação dos filhos.
Eles devem liderar pelo exemplo, tanto racional quanto emocionalmente. Em vez de estarem atrás com um chicote, devem estar à frente, guiando com suas ações e palavras: “Sigam-nos”. Assim, os filhos seguirão com prazer e aprenderão a valorizar e a respeitar seus pais, em vez de temê-los.
Essa responsabilidade é inalienável. É um compromisso vitalício que requer dedicação, amor e presença constante. A ausência do pai é uma falha grave que pode comprometer o futuro e a masculinidade dos filhos, deixando marcas profundas em suas vidas.
Estudos mostram que a participação ativa do pai na vida do filho contribui significativamente para a formação de uma autoestima forte, desenvolvimento emocional estável e melhores resultados acadêmicos. Segundo uma pesquisa da Universidade de Michigan, filhos que têm uma relação próxima com seus pais são mais propensos a apresentar comportamentos positivos e a ter uma visão otimista da vida.
Além dos benefícios emocionais, a presença do pai também é crucial para o desenvolvimento social da criança. O pai serve como um modelo de comportamento, ensinando valores como respeito, honestidade, dignidade e responsabilidade. Um estudo publicado na revista “Child Development” destaca que crianças com pais envolvidos apresentam melhores habilidades sociais e têm menos chances de se envolver em comportamentos de risco durante a adolescência. A influência do pai é especialmente importante para o filho homem, que muitas vezes busca no pai um exemplo a ser seguido.
A ciência também mostra que essa presença pode impactar positivamente a saúde mental do filho. Pesquisas indicam que filhos de pais presentes têm menos chances de desenvolver problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade. Isso se deve ao fato de que a figura paterna pode proporcionar um suporte emocional robusto e constante, ajudando o filho a enfrentar desafios e a desenvolver resiliência. A qualidade do relacionamento pai-filho pode, portanto, ser um fator protetor contra diversas adversidades.
A Bíblia também reforça essa importância na educação dos filhos. Em Provérbios 22:6, está escrito: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.” Esta passagem sublinha a responsabilidade dos pais em guiar seus filhos desde cedo, assegurando que cresçam com uma base sólida de valores e princípios. Outro exemplo é Efésios 6:4, que diz: “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor.” Este versículo enfatiza a importância de criar os filhos com amor, disciplina e orientação espiritual.
Além dos aspectos emocionais e sociais, a presença do pai também influencia o desenvolvimento cognitivo do filho. Estudos indicam que pais que participam ativamente das atividades escolares e lúdicas dos filhos contribuem para um melhor desempenho acadêmico.
Por fim, a presença do pai na vida do filho homem é essencial para o estabelecimento de uma identidade masculina saudável. O pai ajuda o filho a entender e aceitar sua masculinidade de maneira positiva, promovendo comportamentos respeitosos e responsáveis.
A orientação paterna é crucial para que o filho desenvolva uma compreensão equilibrada dos papéis de gênero e das relações interpessoais, contribuindo para a formação de homens íntegros e conscientes de suas responsabilidades sociais e familiares.
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