POLÍTICA
Temer descarta impacto da eleição de Trump sobre o STF em caso Bolsonaro
Ex-presidente Michel Temer afirma que eleição de Trump não influenciará a justiça brasileira e nega possibilidade de ser vice de Bolsonaro
07/11/2024
18:45
NAOM
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou que não acredita que um eventual segundo mandato de Donald Trump nos Estados Unidos terá influência sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL). Temer, que presidia o Brasil em 2016, durante a primeira eleição de Trump, ressaltou que as relações institucionais entre os países seguem regras diplomáticas.
“Eleito Trump nos EUA, isso vai influenciar o Judiciário daqui? Eu não acredito”, afirmou Temer, lembrando que atuou em 2021 como mediador para reduzir tensões entre Bolsonaro e o STF. Temer ainda mencionou a firmeza do ministro Alexandre de Moraes em casos como o do empresário Elon Musk. “A posição dele foi firme”, destacou.
Temer também classificou como "brincadeira" as informações de que poderia ser vice de Bolsonaro caso este revertesse sua inelegibilidade. “Achei esquisitíssimo”, comentou o ex-presidente.
Relações com Trump
Quando questionado sobre o impacto de um eventual novo mandato de Trump sobre a relação com o Brasil, Temer afirmou que a relação não será entre Lula e Trump, mas sim entre os presidentes das respectivas nações. “Não se deve alimentar nem um lado nem outro”, disse, citando que o presidente Lula já enviou cumprimentos ao republicano.
Quanto às políticas de Trump e seus efeitos na economia brasileira, Temer disse que isso dependerá do tempo e das possíveis medidas que o governo americano adotará. “Pode haver impactos caso haja uma redução de importações, e ainda assim no plano institucional, de Estado para Estado”, avaliou.
Pressão sobre o STF
Sobre a possibilidade de que a vitória de Trump influencie a situação da inelegibilidade de Bolsonaro, Temer afirmou que não vê tal cenário acontecendo. “Pode eventualmente ser usado como argumento, mas não no campo jurisdicional”, disse, reforçando que qualquer mudança na condição de Bolsonaro dependerá de uma decisão do Poder Judiciário brasileiro.
Papel de mediador
Temer relembrou seu papel como mediador em 2021, quando atuou para reduzir tensões entre Bolsonaro e o STF após os ataques do então presidente ao ministro Alexandre de Moraes durante as manifestações de 7 de setembro. Segundo ele, a intermediação buscava evitar um conflito civil maior. “Agora, eu não vou entrar, a não ser que me peçam para opinar, e isso não ocorreu”, pontuou.
Temer também elogiou as decisões do STF em relação aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. “Eu acho que o Judiciário fez muito bem de apenar aquelas pessoas que violaram os Poderes de Estado”, afirmou, sugerindo que o Supremo pode, eventualmente, considerar uma redução das penas impostas.
Rumores sobre chapa Bolsonaro-Temer
Questionado sobre rumores de uma possível chapa Bolsonaro-Temer, o ex-presidente Michel Temer rechaçou a ideia, afirmando que se tratava de uma "brincadeira". Ele afirmou não ter tido qualquer discussão nesse sentido e considerou o boato inverossímil. “Achei esquisitíssimo”, comentou.
Temer disse que, se Bolsonaro afirmou que não descartaria a hipótese, foi por delicadeza. “Se ele falasse que descarta, poderiam achar que sou eu que estou querendo…”, brincou o ex-presidente.
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