Palmas (TO), Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025

Terrorismo em Brasília

Explosões na Praça dos Três Poderes resultam em morte de suspeito e alerta de segurança

Praça dos Três Poderes é alvo de novo ataque terrorista com explosão em frente ao STF e carro-bomba próximo à Câmara dos Deputados

14/11/2024

07:25

DA REDAÇÃO

©REPRODUÇÃO

Depois do 8 de janeiro, a Praça dos Três Poderes voltou a ser alvo de um ataque terrorista na noite de quarta-feira (13). Um homem explodiu duas bombas, uma em frente à sede do Supremo Tribunal Federal (STF) e outra em um veículo estacionado próximo à Câmara dos Deputados. O homem, identificado como Francisco Wanderley Luiz, filiado ao Partido Liberal (PL) e que foi candidato a vereador na cidade de Rio do Sul (SC), morreu em uma das explosões.

De acordo com testemunhas que estavam em um ponto de ônibus próximo ao STF, Francisco Wanderley Luiz cumprimentou algumas pessoas ao passar, antes de detonar os explosivos. Em seguida, todos ouviram uma forte explosão e, em questão de segundos, mais uma, deixando o suspeito caído. No momento das explosões, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia deixado o Palácio do Planalto e os ministros do STF haviam encerrado a sessão do dia. Eles foram evacuados do tribunal. Já a sessão na Câmara dos Deputados foi suspensa assim que a morte do suspeito foi confirmada. No Senado, os trabalhos continuaram até as 21h, quando também foram suspensos.

Conforme relato de uma funcionária do Tribunal de Contas da União (TCU) que aguardava o ônibus no momento das explosões, o estrondo da primeira detonação fez com que seguranças tentassem se aproximar do homem. No entanto, ele lançou uma segunda bomba, o que fez com que os seguranças recuassem.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ativou o Plano Escudo, que permite que o Exército faça a segurança de prédios como o Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Palácio do Jaburu e Granja do Torto. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal, que busca entender a motivação do ataque e se existem cúmplices envolvidos.

Premeditação

Francisco Wanderley Luiz deixou uma mensagem contendo ameaças a políticos e jornalistas. Em sua página no Facebook, ele compartilhou diversas teorias conspiratórias anticomunistas, incluindo referências ao QAnon, movimento popular entre a extrema direita americana. Em postagens anteriores, ele já havia feito ameaças diretas ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso Nacional, demonstrando sua intenção de "resistir contra as instituições". A Polícia Federal está analisando o material digital do suspeito, incluindo mensagens e vídeos que indicam a premeditação do ataque.

Francisco Wanderley Luiz foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL em 2020, mas não obteve sucesso. Desde então, ele vinha se envolvendo em grupos extremistas, fazendo discursos contra o governo federal e instituições democráticas. Em suas redes sociais, ele expressava apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e constantemente compartilhava mensagens de ódio e desinformação sobre o atual governo.

Carro bomba

No estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, um carro registrado em nome de Francisco Wanderley Luiz também explodiu. Dentro do veículo foram encontrados artefatos explosivos, tijolos e outros objetos que indicam a intenção de causar ainda mais danos. A Polícia Federal está realizando perícia para determinar a quantidade de explosivos e os possíveis alvos do ataque. Felizmente, ninguém ficou ferido na explosão do carro.

Investigação e segurança

O ataque levantou preocupações sobre a segurança na Praça dos Três Poderes e nos arredores dos principais prédios do governo. A Polícia Federal, em conjunto com o Gabinete de Segurança Institucional, está investigando possíveis conexões de Francisco Wanderley Luiz com grupos extremistas e buscando identificar se ele agiu sozinho ou com o apoio de outras pessoas.

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que medidas adicionais de segurança serão adotadas em áreas estratégicas para evitar novos ataques. O uso de câmeras de segurança e o aumento de efetivo policial nas proximidades dos prédios do governo estão entre as medidas que já foram implementadas.


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