Palmas (TO), Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025

POLÍTICA

Militares tramaram envenenamento de Lula, Alckmin e Moraes e monitoraram autoridades, revela PF

Investigação detalha plano de golpe de Estado que envolvia assassinatos e monitoramento de líderes políticos e do STF.

19/11/2024

08:53

G1

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

A Polícia Federal (PF) revelou nesta quinta-feira (19) detalhes de um plano articulado por militares e integrantes da elite do Exército, conhecidos como "kids pretos", para realizar um golpe de Estado e assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A decisão, tornada pública pelo próprio ministro Alexandre de Moraes, cita que o grupo começou a monitorar o deslocamento de autoridades ainda em novembro de 2022, após uma reunião realizada na residência do ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL).

Detalhes do plano

De acordo com a PF, o grupo discutiu diversos métodos para eliminar as autoridades:

  • Ministro Alexandre de Moraes: O grupo cogitou usar explosivos ou envenenamento em eventos públicos. Apesar dos altos riscos e possíveis danos colaterais, os suspeitos consideravam "admissível" a morte de seguranças e até de militares envolvidos na operação.
  • Presidente Lula: A PF descreveu que o plano incluía aproveitar a vulnerabilidade de saúde do presidente e suas visitas frequentes a hospitais para envenená-lo ou causar um colapso orgânico por meio de substâncias químicas.
  • Vice-presidente Geraldo Alckmin: Sob o codinome "Joca", Alckmin também era alvo. O grupo acreditava que, com a eliminação simultânea de Lula e Alckmin, a chapa vencedora da eleição de 2022 seria extinta.

Estrutura da organização

A PF identificou que o grupo estava dividido em cinco núcleos principais:

  1. Ataques virtuais: Operações contra opositores e disseminação de fake news.
  2. Ataques às instituições: Investidas contra o STF, o TSE e o processo eleitoral.
  3. Tentativa de golpe de Estado: Planejamento para a abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
  4. Ataques às vacinas e medidas sanitárias: Campanhas contra a vacinação e ações durante a pandemia.
  5. Uso da estrutura do Estado para vantagens pessoais: Desvios de bens patrimoniais, falsificação de cartões de vacinação e enriquecimento ilícito por meio de recursos públicos.

Participantes e prisões

Nesta terça-feira (19), a PF prendeu cinco envolvidos no esquema, incluindo o general de brigada Mario Fernandes e três militares de operações especiais do Exército. A operação também revelou documentos e materiais que corroboraram a participação de Braga Netto como figura central no planejamento.


Implicações e próximos passos

A investigação continua, e a expectativa é que novas revelações surjam nas próximas semanas. A PF já considera Braga Netto um dos principais responsáveis pela tentativa de golpe e pelo planejamento do atentado contra as autoridades.


Repercussão

O caso gerou repercussão nacional e internacional, evidenciando a gravidade das ameaças contra o Estado Democrático de Direito no Brasil. A sociedade aguarda o desdobramento das investigações e possíveis novas prisões.


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