POLÍCIA
Bolsonarista Jorge Guaranho é condenado a 20 anos de prisão por assassinato de petista
Crime ocorrido em 2022 reacendeu debate sobre violência política no Brasil
13/02/2025
15:13
DA REDAÇÃO
© Reprodução
O ex-policial penal Jorge Guaranho, de 40 anos, foi condenado nesta quinta-feira (13) a 20 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato do guarda municipal e militante petista Marcelo Arruda, de 50 anos. O crime ocorreu em 9 de julho de 2022, em Foz do Iguaçu (PR), durante a campanha presidencial, e se tornou um dos episódios mais emblemáticos da violência política no país.
A sentença foi proferida pela juíza Michelle Pacheco Cintra Stadler, da 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri de Curitiba, após decisão dos sete jurados, quatro mulheres e três homens.
O Ministério Público do Paraná acusou Guaranho de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil (divergência política) e perigo comum (disparo de tiros em ambiente com outras pessoas).
Durante o julgamento, a defesa de Guaranho tentou sustentar que Marcelo teria atirado primeiro, justificando uma possível legítima defesa. No entanto, o Ministério Público reforçou que Guaranho foi o primeiro a disparar.
Além disso, uma perícia criminal concluiu que os dois apontaram as armas ao mesmo tempo ("visadas simultâneas"), mas Guaranho iniciou os disparos antes.
A defesa também destacou as lesões graves que Guaranho sofreu após o crime, já que foi baleado por Marcelo e agredido por pessoas no local. Hoje, ele tem dificuldades para andar e utiliza muletas.
A condenação encerra um processo marcado por polêmicas, incluindo declarações do desembargador Benjamim Acácio de Moura e Costa, do Tribunal de Justiça do Paraná. Em 2024, ao conceder prisão domiciliar a Guaranho, o magistrado afirmou que não descartava a legítima defesa e chegou a dizer que a vítima também era violenta.
A declaração gerou forte repercussão e foi alvo de representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Guaranho foi condenado a 20 anos de prisão em regime fechado e a defesa ainda pode recorrer da decisão. Enquanto isso, o caso segue como um dos mais marcantes episódios de violência política no Brasil nos últimos anos.
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