Política / Saúde
Cirurgia de Bolsonaro durou 12 horas e recuperação exige três meses de cuidados intensivos
Equipe médica alerta para pós-operatório delicado após procedimento de liberação de aderências intestinais e reconstrução da parede abdominal
14/04/2025
16:15
MTP
DA REDAÇÃO
Bolsonaro estava internado no Hospital Rio Grande, em Natal, antes de ser transferido para Brasília ©Reprodução/X/jairbolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro passou nesse domingo (13) por uma cirurgia abdominal complexa e delicada, no hospital DF Star Rede D’Or, em Brasília, para tratar um quadro de suboclusão intestinal. O procedimento, que durou cerca de 12 horas, envolveu a liberação milimétrica de aderências, o reposicionamento do intestino e a reconstrução da parede abdominal — consequências da facada sofrida durante a campanha presidencial de 2018 e de cirurgias anteriores.
A operação foi conduzida pelo médico Cláudio Birolini, que classificou o abdômen do ex-presidente como “hostil”, em razão do histórico cirúrgico. Já o cardiologista Leandro Echenique destacou que os próximos dias exigirão vigilância intensiva para evitar infecções e complicações inflamatórias.
Bolsonaro foi transferido de Natal (RN) para Brasília após ser diagnosticado com distensão abdominal. Inicialmente, não havia indicação de cirurgia de emergência, mas exames mostraram piora no quadro inflamatório, com elevação no PCR de 6 para 150 em menos de 24 horas — um sinal preocupante que motivou a intervenção.
Duração: 12 horas
Etapas:
Duas horas para acesso à cavidade abdominal
Quatro a cinco horas de liberação de aderências
Reconstrução da parede abdominal com técnica adaptada
Resultado: procedimento bem-sucedido, sem necessidade de colostomia
“O intestino estava sofrido. A liberação foi feita centímetro a centímetro, com muito cuidado para evitar lesões”, explicou Birolini.
O ex-presidente está consciente, em UTI, sob terapia antibiótica e fisioterapia precoce. A alimentação via oral permanece suspensa e será retomada apenas após o retorno pleno das funções intestinais.
Nutrição atual: parenteral (pela veia)
Previsão de alta hospitalar: em até duas semanas
Restrição de atividades: uso de cinta abdominal e três meses de repouso relativo
“Ele tem uma agenda intensa. Vamos tentar segurá-lo na medida do possível”, disse Birolini sobre o retorno às viagens.
Segundo os médicos, não há previsão de novas intervenções cirúrgicas, salvo complicações futuras. A formação de novas aderências é comum, mas neste momento não se justifica nova operação.
Esta foi a sétima cirurgia relacionada à facada sofrida em 2018. Desde então, o ex-presidente já passou por procedimentos de reconstrução abdominal, retirada de hérnias e correção de obstruções intestinais recorrentes.
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