Palmas (TO), Segunda-feira, 23 de Junho de 2025

Política Internacional

Rússia declara que está ‘pronta para ajudar’ o Irã em confronto contra Israel

Kremlin condena ataques dos EUA e reforça aliança estratégica com Teerã em meio à escalada no Oriente Médio

23/06/2025

08:30

DA REDAÇÃO

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A Rússia declarou oficialmente, nesta segunda-feira (23), que está “pronta para ajudar” o Irã no confronto contra Israel, em meio à crescente escalada no Oriente Médio, que ganhou novos contornos após os Estados Unidos realizarem ataques diretos contra três instalações nucleares iranianas no sábado (21).

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o apoio russo ao Irã é claro e pode ocorrer de “diversas formas”, dependendo das necessidades específicas de Teerã. “A ajuda pode ser dada de maneiras diferentes. Tudo depende do que o Irã precisar”, destacou Peskov.

Além disso, o porta-voz revelou que o presidente russo, Vladimir Putin, já discutiu a situação com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçando o alerta sobre os riscos de uma escalada ainda maior do conflito na região.

Kremlin condena ataque dos EUA

A Rússia classificou os ataques americanos às instalações nucleares iranianas como “um ato de agressão não provocado e irresponsável”, reiterando que não vê qualquer justificativa plausível para a operação militar liderada por Washington.

O presidente Putin reforçou a crítica durante encontro nesta segunda-feira com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, realizado no Kremlin, em Moscou. Segundo Putin, a operação americana compromete não apenas a segurança do Oriente Médio, mas também “a estabilidade global e o equilíbrio diplomático”.

Diplomacia e tensões em alta

A reunião entre Putin e Araqchi acontece no momento mais tenso desde o início dos ataques, há nove dias, quando Israel iniciou uma série de bombardeios contra alvos militares e nucleares iranianos. Agora, com a entrada direta dos Estados Unidos no conflito, o risco de uma guerra de grandes proporções no Oriente Médio cresce consideravelmente.

De acordo com autoridades russas, o encontro teve como objetivo alinhar estratégias diplomáticas, econômicas e, se necessário, militares, para apoiar o Irã na contenção dos avanços americanos e israelenses.

Entenda o contexto do conflito

O confronto escalou após o presidente Donald Trump ordenar, na madrugada de sábado (21), bombardeios contra três instalações nucleares iranianas: Fordo, Natanz e Esfahan. A operação durou aproximadamente 30 minutos e envolveu bombardeiros B-2 stealth e submarinos nucleares.

Trump afirmou, em pronunciamento, que os ataques visaram “neutralizar a ameaça nuclear do Irã”. O presidente também fez um alerta direto: “Ou haverá paz, ou haverá tragédia para o Irã”, e ameaçou novas ofensivas caso Teerã não apresente disposição para negociar.

Retaliação do Irã

Em resposta, o Irã lançou uma onda de mísseis contra Israel, com alvos próximos à capital Tel Aviv. As forças de defesa israelenses confirmaram que 23 pessoas ficaram feridas, algumas em estado grave, após explosões atingirem prédios comerciais e residenciais.

O ataque foi interpretado como uma retaliação direta não apenas a Israel, mas também à entrada dos Estados Unidos no conflito, segundo autoridades iranianas.

Rússia e Irã: uma aliança estratégica

Rússia e Irã mantêm uma aliança consolidada há anos, especialmente nas questões de segurança no Oriente Médio e nas operações militares conjuntas na Síria. Moscou tem atuado como principal parceiro de Teerã em frentes diplomáticas e militares, além de apoiar projetos de infraestrutura e tecnologia nuclear civil.

A atual escalada, no entanto, coloca em teste a capacidade da diplomacia russa de equilibrar seus interesses com aliados como China, países árabes e, ao mesmo tempo, administrar as tensões com os Estados Unidos e seus aliados da OTAN.

Próximos passos

Segundo o Kremlin, “todas as opções estão na mesa” para apoiar o Irã, incluindo assistência militar, logística, tecnológica e diplomática. As autoridades russas também defendem uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU para discutir os desdobramentos do conflito.

Enquanto isso, a comunidade internacional segue em alerta máximo, temendo que novos ataques ampliem o confronto e provoquem um colapso diplomático generalizado no Oriente Médio.


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