Política / Partidos
União Brasil e PP oficializam ‘superfederação’ e criam maior força partidária do país
União Progressista terá maior bancada no Congresso, mais de 1,3 mil prefeitos e quase R$ 1 bilhão em recursos públicos; grupo discute candidatura própria para 2026
19/08/2025
14:30
DA REDAÇÃO
Evento de anúncio da federação entre União e PP, em abril — Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados
Em convenção conjunta realizada nesta terça-feira (19), o União Brasil e o Progressistas (PP) oficializaram a criação da federação partidária que passa a se chamar União Progressista. A aliança, que será registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nos próximos dias, se consolida como a maior força política do país, tanto em representação parlamentar quanto em recursos públicos para campanhas.
109 deputados federais – maior bancada da Câmara dos Deputados
15 senadores (com a filiação da senadora Margareth Buzetti, prevista para esta semana) – maior bancada do Senado
1.335 prefeitos em todo o Brasil – superando o PSD (889)
7 governadores – liderança entre os partidos
R$ 953,8 milhões em fundo eleitoral (2024) – maior fatia entre os 29 partidos registrados, superando o PL
R$ 197,6 milhões em fundo partidário (2024) – maior volume de recursos
O estatuto aprovado prevê comando compartilhado até 2025 entre Antonio de Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP). Também integram a direção nacional nos primeiros meses:
ACM Neto
Arthur Lira
Davi Alcolumbre
Ronaldo Caiado
Pedro Lucas Fernandes
Dr. Luizinho
Cláudio Cajado
Ricardo Barros
A partir de 2026, a presidência será exercida exclusivamente por Antonio de Rueda, com Ciro Nogueira na vice.
Dirigentes da federação afirmam que a União Progressista terá postura crítica em relação ao governo Lula (PT), embora o estatuto não proíba que membros ocupem cargos na atual gestão. Hoje, União e PP mantêm quatro ministros no governo. A decisão sobre desembarque será tratada em momento posterior.
Para as eleições de 2026, a federação discutirá candidatura própria. O União já tem como pré-candidato o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, enquanto Ciro Nogueira defende articulação em torno do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A “superfederação” reposiciona o equilíbrio de forças no Congresso e projeta influência decisiva nas eleições municipais de 2024 e na corrida presidencial de 2026. Com maior volume de recursos e capilaridade em prefeituras e estados, o bloco deve atrair alianças e poderá ser determinante na definição do campo da centro-direita.
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