Política / Justiça
Bolsonaro passa a ser monitorado 24 horas por policiais penais em Brasília
Esquema de vigilância conta com agentes à paisana, viaturas descaracterizadas e ponto fixo em condomínio; medida foi determinada por Moraes após alerta de risco de fuga
27/08/2025
11:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A Polícia Penal do Distrito Federal iniciou nesta terça-feira (26) o monitoramento 24 horas da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. A determinação partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como parte das restrições impostas ao ex-chefe do Executivo, que está em prisão domiciliar desde 4 de agosto.
O esquema emergencial começou a operar já na terça-feira, com agentes posicionados à paisana e viaturas descaracterizadas. Na quarta-feira (27), a vigilância ganhou escala definida, com ponto fixo na guarita do condomínio e estrutura montada para o acompanhamento contínuo.
De acordo com relatos de moradores e da equipe de segurança do local, os policiais foram bem recebidos, inclusive pelo próprio Bolsonaro, que foi informado oficialmente da decisão. Os agentes permanecem em turnos ininterruptos na entrada principal e arredores do condomínio, com acesso à guarita como base de apoio. Eles mantêm contato direto com as centrais de monitoramento da Polícia Penal e com o sistema que acompanha a tornozeleira eletrônica do ex-presidente.
No despacho, Moraes determinou vigilância “em tempo real”, mas com discrição, para evitar exposição midiática ou perturbação da vizinhança. O ministro também proibiu medidas intrusivas no ambiente doméstico, deixando a critério da Polícia Penal o uso de uniformes e armamento.
A medida foi tomada após recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que recebeu um ofício do deputado federal Lindbergh Farias (PT) alertando sobre risco de fuga. A solicitação foi reforçada por investigação da Polícia Federal, que encontrou no celular de Bolsonaro um rascunho de pedido de asilo ao governo da Argentina.
“A obtenção de informações sobre um plano de fuga, somada à proximidade geográfica e à conjuntura política e investigativa, indica a necessidade de reforço urgente e imediato do policiamento ostensivo e discreto nas imediações do endereço residencial do investigado”, justificou a PGR em manifestação ao STF.
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