Política / Governo do Estado
Com dívida de R$ 33 milhões, Secom tem orçamento comprometido até fevereiro de 2026
Secretária Luiza Rocha afirma que pagamentos a veículos e fornecedores serão honrados; ex-secretário Márcio Rocha diz que déficit é recorrente e “normal”
18/09/2025
11:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O diagnóstico inicial feito pela nova gestão do governo do Tocantins aponta que a Secretaria de Comunicação (Secom) acumula uma dívida de R$ 33,3 milhões e já tem o orçamento de 2025 comprometido até fevereiro de 2026. O levantamento foi apresentado nos primeiros dias da administração do governador em exercício, Laurez Moreira (PSD).
Segundo os dados, o orçamento autorizado para a pasta em 2025 era de R$ 51 milhões (com aditivo de 25%). No entanto, os gastos chegaram a R$ 57 milhões, ultrapassando em R$ 6 milhões o teto permitido.
De acordo com a secretária de Comunicação, Luiza Rocha, o montante devido envolve pagamentos a agências de publicidade, veículos de imprensa e fornecedores diversos.
“Quem foi contratado e efetivamente prestou o serviço, vai ser pago. Estamos buscando liberação de orçamento junto ao Planejamento, porque o saldo disponível é de apenas R$ 1,3 milhão, insuficiente para dar andamento à pasta”, declarou.
A análise dos processos está sendo conduzida pela secretária executiva da Secom, Ludimila Rodrigues dos Santos Galvão, especialista em controle de contas.
O ex-secretário da Secom, Márcio Rocha, afirmou que a dívida herdada seria de R$ 24 milhões, e que R$ 10 milhões foram autorizados para suplementação pelo comitê gestor na véspera do afastamento do então governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), mas sem tempo hábil para liberação.
“O orçamento da Secom sempre estourou. Nunca foi suficiente para as necessidades. Isso ocorre desde a última licitação, que deveria ter sido feita para R$ 56 milhões anuais e foi feita para 40”, justificou.
Márcio Rocha disse ainda que era esperado que cerca de R$ 15 milhões em débitos fossem transferidos para o próximo exercício:
“Cabe a cada gestão fazer suas escolhas. Nós quitamos um passivo de cinco anos quando entrei. Fizemos tudo dentro da legalidade, disso não tenho dúvidas.”
A situação da Secom é reflexo das dificuldades financeiras encontradas pelo governo interino de Laurez Moreira após o afastamento de Wanderlei Barbosa pelo STJ na Operação Fames-19, que investiga desvios em contratos de cestas básicas.
Com base na Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011), o portal T1 Notícias solicitou detalhamento das dívidas da pasta e aguarda retorno oficial.
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