Palmas (TO), Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025

Detento do presídio Barra da Grota é recapturado pela polícia em mata; 16 seguem foragidos

04/10/2018

08:06

TN

Policiais fecharam mata na tentativa de recapturar outros presos. Ao todo, 28 escaparam do presídio em Araguaína; reféns foram liberados após mais de 24 horas.

Foragido do presídio Barra da Grota em Araguaína é recapturado pela polícia ©Lucas Ferreira/TV Anhanguera
Um foragido do presídio Barra da Grota em Araguaína foi recapturado na manhã desta quinta-feira (4), numa área de mata. Marcos Phablo Soares de Carvalho, preso por tráfico de drogas, faz parte do grupo de 28 detentos que escaparam na última terça-feira (2).

Do total de presos que fugiram, 10 foram mortos em confronto com a polícia e o detento Maurício Pereira da Silva, de 33 anos, se entregou na noite desta quarta-feira após ser baleado. Com a recaptura de Marcos Phablo, a política trabalha para encontrar os 16 presos que ainda estão soltos.

A polícia segue com as buscas e fechou a área de mata, onde outros detentos estão escondidos. Cães farejadores da Polícia Militar e um helicóptero do Centro Integrado de Operação Aéreas auxiliam nos trabalhos.

Reféns

Durante a rebelião, quatro pessoas foram feitas reféns, mas elas ficaram feridas e foram deixadas para trás. A professora Elisângela Mendes e o chefe do plantão do presídio, Roberto Aires, foram levados e ficaram por mais de 24 horas sob a mira dos criminosos.

Eles foram liberados na noite desta quarta-feira (3), a cerca de 1,5 km do presídio, com uma condição, deveriam socorrer um dos foragidos. Maurício Pereira foi baleado no braço durante confronto com a polícia. Ele foi levado para o Hospital Regional de Araguaína.

A professora e o chefe de plantão reencontraram os parentes na entrada do Hospital Regional de Araguaína. Eles foram levados para a sala vermelha da unidade, onde tomaram soro e receberam curativos. Elisângela está com um ferimento na perna.

Durante conversa com a tia, Elisângela relatou um pouco do que passou nas mãos dos detentos. "Ela falou que ficou o tempo todo com arma apontada para ela e uma faca. Eles fizeram eles caminharam durante toda a noite no meio da mata e depois os deixaram e pediram para eles: 'Vocês vão ficar aí e daqui 1 hora vocês vão poder sair para procurar ajuda".

Os parentes e amigos se emocionaram ao reencontrar os reféns. "Está sendo um alívio muito grande, estávamos desesperados. Eram muitas notícias dizendo que ela tinha morrido ontem, aí nós ficamos preocupados", disse o irmão da professora, Rosinaldo Mendes.

"Estávamos muito angustiados, sem saber notícias dele. Ele é uma pessoa boa de coração, que não merecia estar passando por isso", afirmou a mulher de Roberto, Rosiane Aires.

Por G1 Tocantins

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