O Tribunal de Justiça do Tocantins abraçou a causa do Setembro Amarelo e está abordando o tema junto a servidores e magistrados. Além de conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção ao suicídio, um canal de comunicação também foi colocado à disposição para tirar dúvidas e fazer atendimentos.
Em parceria com a Universidade Federal do Tocantins, o TJTO criou um endereço de e-mail ([email protected]) para realizar atendimentos e tirar dúvidas de quem precisa de ajuda ou convive com alguém que precisa. Não é necessário se identificar e todos os contatos serão mantidos em sigilo. "Falar de suicídio é importante para desmistificar o tema, retirar o preconceito e buscar auxílio. Suicídio é uma emergência médica e deve ser tratada como tal; buscar ajuda não é fraqueza", ressaltou a psiquiatra Camila Campitelli Fernandes.
Números
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, a cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio no mundo, totalizando quase um milhão de pessoas por ano. No Brasil, 32 pessoas morrem por dia. E mais: em uma sala com 30 pessoas, por exemplo, cinco delas já pensaram em suicídio.
Ainda de acordo com a OMS, 90% dos casos de suicídio podem ser prevenidos, desde que existam condições mínimas para oferta de ajuda voluntária ou profissional. O Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, pelo telefone 188.
De acordo com o doutor em psicologia Carlos Mendes, um dos palestrantes da 3ª Semana da Saúde promovida pelo Poder Judiciário, em geral, quem tenta suicídio sempre dá sinais de que precisa de ajuda. “O principal é estar atento ao sofrimento da pessoa que está próximo a nós. Dificilmente as pessoas mudam drasticamente de atitude. Se essa mudança ocorre, é bom se aproximar para saber o que está acontecendo. Geralmente a pessoa tem compulsão alimentar, excesso de sono, desinteresse pela realidade, está sempre triste, pode se expressar nas redes sociais dizendo que está insatisfeita com a vida e consigo mesma. Então é importante estar atendo a esses sinais para buscar saber o que a pessoa está pensando, sentindo e levar ajudar”, explicou.
O tema também foi debatido durante a palestra do doutor Leandro Karnal, que buscou sensibilizar os participantes sobre a necessidade de prevenção e promoção da saúde física e mental no ambiente de trabalho, para uma melhoria da qualidade de vida.
Fonte: ASSECOM
Por: Jéssica Iane
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