Política Internacional
Lula liga para Macron e condena uso político de tarifas comerciais contra o Brasil
Presidente brasileiro reforça recurso na OMC contra tarifaço de Trump e articula acordos para ampliar mercados
20/08/2025
09:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone, na manhã desta quarta-feira (20), com o presidente da França, Emmanuel Macron. O diálogo, que durou quase uma hora, foi confirmado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).
Durante a ligação, Lula repudiou o “uso político de tarifas comerciais contra o Brasil” e detalhou as medidas que o governo tem adotado para proteger empresas e trabalhadores diante do tarifaço imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Segundo a Secom, o presidente brasileiro informou a Macron sobre o recurso apresentado à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas dos EUA, consideradas “injustificadas”.
“Mesmo sem reconhecer a legitimidade de instrumentos unilaterais usados pelos Estados Unidos, como a Seção 301, o presidente Lula comentou sobre os esclarecimentos apresentados por seu governo”, destacou a nota oficial.
Lula ressaltou que o Brasil seguirá empenhado em ampliar mercados e concluir novos acordos internacionais. Ele citou a conclusão do Acordo Mercosul–EFTA e as negociações em andamento com Japão, Vietnã e Indonésia.
Além disso, tanto Lula quanto Macron reforçaram o compromisso de ultimar o diálogo para a assinatura do Acordo Mercosul–União Europeia ainda neste semestre, durante a presidência brasileira do bloco.
Outro ponto da conversa foi a necessidade de fortalecer a cooperação entre países desenvolvidos e o Sul Global, em defesa de um comércio baseado em regras multilaterais. Lula informou ainda que a defesa do multilateralismo será um dos temas centrais da Cúpula Virtual do BRICS, marcada para setembro.
A ligação faz parte de uma série de contatos internacionais do presidente brasileiro nesta semana, com o objetivo de mostrar que o Brasil não está isolado no cenário global, apesar da pressão exercida pelo tarifaço dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
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