ELEIÇÕES 2024
Polícia Federal prende terceiro procurado dos atos golpistas que fazia campanha sem ser preso
Jonatas Henrique Pimenta, candidato a vereador, foi preso após mandado de prisão expedido por Alexandre de Moraes
20/09/2024
19:15
G1
DA REDAÇÃO
Jonatas Henrique Pimenta se candidatou a vereador em Olímpia (SP), pelo PRTB — Foto: Reprodução/Divulgação
A Polícia Federal prendeu Jonatas Henrique Pimenta, um dos procurados pela Justiça pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, que se lançaram candidatos nas eleições de 2024 sem serem detidos anteriormente. A prisão foi realizada nesta sexta-feira (20) por policiais federais de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Pimenta havia se candidatado a vereador em Olímpia (SP), usando o nome de campanha "Locutor Henrique Pimenta", pelo PRTB.
O mandado de prisão de Jonatas foi emitido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 28 de agosto de 2023, após o candidato descumprir medidas restritivas impostas anteriormente. Ele já havia sido preso em janeiro de 2023, durante as investigações sobre os ataques à sede dos Três Poderes em Brasília, mas foi liberado em março daquele ano com a imposição de restrições, como não sair de casa durante a noite e aos fins de semana.
A 2ª Vara Criminal de Olímpia informou ao STF que Jonatas violou essas condições ao menos nove vezes, alegando que saía para trabalhar ou ir a uma padaria. Em julho de 2023, Moraes determinou sua nova prisão, após considerar que as justificativas eram insuficientes. No início de agosto, Jonatas rompeu a tornozeleira eletrônica, passando a ser considerado foragido.
Jonatas não é o único procurado envolvido nos atos de 8 de janeiro que tentou concorrer nas eleições de 2024. Outros dois foram presos após reportagens do g1 revelarem suas candidaturas. As ordens de prisão foram expedidas como parte da investigação do STF sobre os ataques realizados por apoiadores radicais após a posse do presidente Lula.
Candidatos com mandados de prisão em aberto
Um levantamento revelou que 61 candidatos das eleições de 2024 possuem mandados de prisão em aberto. Entre esses, 14 são relacionados a crimes como homicídio, estupro de vulnerável, furto, roubo, estelionato e associação criminosa. Outros 47 casos estão ligados a disputas civis, sendo a maioria por não pagamento de pensão alimentícia, o que resulta em prisão revogável após o pagamento da dívida.
De acordo com a legislação brasileira, a existência de um mandado de prisão em aberto não impede um candidato de disputar as eleições, exceto em casos de condenação definitiva ou por colegiado de juízes. Mesmo em questões de pensão alimentícia, a condenação não afeta a candidatura.
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