POLÍTICA
Plano para executar Lula e Alckmin foi discutido em casa de Braga Netto, revela investigação
Encontro realizado em novembro de 2022 contou com militares e resultou em prisão de suspeitos nesta terça-feira (19).
19/11/2024
08:52
G1
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), após a vitória na eleição de 2022, foi discutido na residência do general Braga Netto, ex-ministro do governo Bolsonaro, no dia 12 de novembro daquele ano. A informação foi confirmada por Mauro Cid, ex-assessor de Bolsonaro e colaborador da Justiça, e reforçada por documentos apreendidos com o general de brigada Mario Fernandes.
A operação da Polícia Federal, realizada nesta terça-feira (19), prendeu Mario Fernandes e outros suspeitos envolvidos no plano denominado "Punhal Verde e Amarelo", que previa a execução de Lula, Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 15 de dezembro de 2022.
Braga Netto, que foi ministro da Defesa e da Casa Civil no governo Bolsonaro, além de candidato a vice na chapa do ex-presidente em 2022, está no centro das investigações. A PF o considera uma figura chave na tentativa de golpe de estado para manter Bolsonaro no poder. Fontes da operação indicam que o general dificilmente escapará de um indiciamento no inquérito em andamento.
O encontro em sua residência, ocorrido semanas após a derrota eleitoral, foi parte do planejamento que incluía ações violentas e golpistas. A informação foi corroborada por Mauro Cid, que passou a colaborar com a Justiça e forneceu detalhes sobre os participantes e a agenda do encontro.
Entre os presos na operação estão:
A PF também realizou buscas em endereços relacionados aos suspeitos e aplicou medidas restritivas, como entrega de passaportes e suspensão do exercício de funções públicas.
O plano "Punhal Verde e Amarelo" foi descrito pela PF como uma ação altamente organizada, com uso de táticas militares avançadas para executar as lideranças políticas e minar o estado democrático. Além das prisões, a investigação avança sobre outros nomes ligados ao governo Bolsonaro e ao Exército.
A expectativa é que o inquérito forneça novos detalhes nos próximos dias, incluindo possíveis conexões internacionais e apoio logístico aos envolvidos.
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