JUSTIÇA
STF analisa legalidade da revista íntima e pode anular condenações baseadas no procedimento
Julgamento pode redefinir práticas em presídios brasileiros e invalidar provas obtidas ilegalmente
10/02/2025
18:00
DA REDAÇÃO
STF julgará legalidade da revista íntima nos presídios
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma, nesta quarta-feira (12/2), um julgamento de grande impacto para o sistema prisional brasileiro. A Corte analisará a legalidade das revistas íntimas em visitantes de detentos, decisão que pode invalidar processos e condenações baseadas em provas obtidas por esse procedimento.
Segundo a jurista Jacqueline Valles, especialista em Direito Penal e membro da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim), se o STF declarar a revista íntima como ilegal, todas as condenações resultantes de flagrantes baseados nesses métodos poderão ser anuladas, além de processos em andamento que utilizam essas provas.
🗣 "Caso seja aprovada a ilegalidade das revistas íntimas, processos e condenações que se originaram de forma viciada e ilegal serão invalidados", explica Jacqueline.
O debate gira em torno do Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 959620, que trata do caso de uma mulher acusada de tráfico de drogas após ser flagrada com 96 gramas de maconha durante uma revista íntima no Presídio Central de Porto Alegre (RS).
O STF precisará decidir se o procedimento viola princípios constitucionais, como:
✔ Dignidade da pessoa humana (artigo 1º da Constituição)
✔ Princípio da intranscendência da pena (artigo 5º, inciso XLV)
🔴 Contra a revista íntima (voto do relator, ministro Edson Fachin):
✔ Procedimento vexatório e degradante, que viola direitos fundamentais.
✔ Visitantes de presos não podem ser tratados como criminosos.
✔ Estados possuem tecnologia mais segura e digna, como scanners corporais.
🟢 A favor da revista íntima em situações específicas (voto de Alexandre de Moraes):
✔ Procedimento pode ser necessário em casos excepcionais, desde que siga protocolos rigorosos.
✔ Segurança nos presídios não pode ser enfraquecida.
✔ Scanners corporais são eficientes, mas não eliminam completamente a necessidade de revistas.
📌 Se o STF considerar a revista íntima ilegal:
✔ Flagrantes baseados no procedimento serão anulados.
✔ Condenações já feitas podem ser revistas.
✔ Estados precisarão investir em tecnologias alternativas, como scanners corporais.
📌 Se o STF permitir o procedimento em casos excepcionais:
✔ Definição de regras mais rígidas para a realização da revista.
✔ Manutenção da validade de provas obtidas nesses casos.
✔ Discussão sobre ampliação do uso de tecnologia para substituir o procedimento.
🔹 O julgamento no STF promete ser acirrado, com votos divergentes sobre a legalidade da revista íntima.
🔹 Caso a prática seja considerada inconstitucional, diversas condenações poderão ser anuladas.
🔹 Estados precisarão se adaptar, investindo em tecnologias como scanners corporais para reforçar a segurança nos presídios sem violar direitos fundamentais.
🔹 O debate reflete o desafio de equilibrar segurança pública e respeito à dignidade dos visitantes de detentos.
🚨 A decisão final do STF poderá reformular por completo a abordagem da segurança prisional no Brasil e terá impacto direto em milhares de processos judiciais.
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