Economia Internacional
Banco dos Brics já aprovou US$ 6,3 bilhões para projetos no Brasil, diz Dilma Rousseff
Presidente do NDB destaca financiamentos em infraestrutura, IA e energia; instituição chega a 11 países membros com entrada de Colômbia e Uzbequistão
06/07/2025
09:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Durante coletiva neste sábado (5), a ex-presidente Dilma Rousseff, atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) — conhecido como o banco dos Brics —, informou que a instituição já aprovou US$ 6,3 bilhões em financiamento para 29 projetos no Brasil desde sua criação, em 2014. Do total, US$ 4 bilhões já foram desembolsados, o que representa aproximadamente 63% dos valores contratados.
No acumulado geral, o NDB já aprovou US$ 40 bilhões em financiamentos globais, sendo US$ 22,4 bilhões efetivamente desembolsados, segundo dados atualizados durante a reunião anual da instituição, às vésperas da cúpula do Brics.
Dilma reforçou que uma das metas do NDB é aumentar os financiamentos em moedas locais, como forma de reduzir a exposição cambial e os impactos das variações de juros internacionais. Essa estratégia também visa fortalecer os mercados domésticos dos países membros.
“Queremos financiar mais em moedas locais. Isso reduz riscos e fortalece as economias nacionais”, afirmou Dilma.
Entre os exemplos, está o projeto de modernização da infraestrutura da CPFL, financiado em yuan, equivalente a US$ 200 milhões.
Hospital inteligente com IA em São Paulo (em parceria com a China)
Linha de transmissão elétrica no Nordeste (parceria com a State Grid) — valor estimado em US$ 3 bilhões
Projetos voltados à infraestrutura, logística, telemedicina, data centers e transição energética
A carteira atual do banco no Brasil é de aproximadamente R$ 2,3 bilhões, segundo a presidente do NDB.
Dilma anunciou ainda a entrada oficial da Colômbia e do Uzbequistão no NDB, que agora passa a contar com 11 países membros, incluindo:
Membros fundadores: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul
Novos membros: Emirados Árabes Unidos, Bangladesh, Egito, Argélia, Colômbia e Uzbequistão
Segundo ela, a ampliação busca aumentar a representatividade do Sul Global, dando mais voz e poder de decisão a países em desenvolvimento.
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