Meio Ambiente / Desenvolvimento
Governo do Tocantins une forças com MPF, Embrapa e IBAMA para combater pesca ilegal e atravessadores no Lago
Reunião estratégica discutiu monitoramento, fiscalização e políticas públicas para fortalecer a pesca artesanal e proteger o meio ambiente
07/04/2025
11:45
SECOM
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Pesca e Aquicultura (Sepea), realizou na última sexta-feira (4) uma reunião em Palmas com o objetivo de discutir estratégias para combater a pesca ilegal, fortalecer a pesca artesanal e eliminar a atuação dos atravessadores no Lago de Palmas e em outras regiões do estado.
O encontro reuniu representantes do Ministério Público Federal (MPF), Naturatins, Embrapa Pesca e Aquicultura, IBAMA e da Colônia de Pescadores Z-10, além de especialistas e lideranças do setor pesqueiro.
Durante a reunião, foram debatidas ações como:
Implantação do monitoramento do desembarque pesqueiro
Fiscalização conjunta contra a pesca predatória e ilegal
Estudos sobre estoques pesqueiros e mapeamento de pescadores artesanais
Combate à atuação de atravessadores que prejudicam economicamente os pescadores
Definição de políticas públicas com base em dados técnicos e consulta às comunidades
O procurador da República Álvaro Manzano enfatizou que as regulamentações devem ser baseadas em dados reais:
“Precisamos de informação e, para isso, é fundamental a pesquisa. Só com dados concretos poderemos regulamentar de forma justa a pesca no Tocantins.”
O secretário-executivo da Sepea, Rodrigo Ayres, ressaltou que o combate à ilegalidade precisa vir acompanhado de estudos:
“Precisamos saber quantos pescadores estão ativos, qual o real estoque pesqueiro e combater quem lucra ilegalmente com o esforço do pescador artesanal. O monitoramento do desembarque pesqueiro é essencial para isso.”
A advogada Thalyta Gomes defendeu a inclusão social:
“É preciso tirar os pescadores artesanais da informalidade e inseri-los de forma digna na economia do município e do Estado.”
O pesquisador da Embrapa Pesca e Aquicultura, Adriano Prysthon, reforçou a importância de dar voz às comunidades pesqueiras:
“Com uma metodologia simples de monitoramento, podemos gerar dados que vão subsidiar políticas públicas. E essas políticas devem ser construídas com consulta pública, ouvindo os pescadores.”
Para o diretor Dyego Reis, o trabalho conjunto entre órgãos públicos e instituições de pesquisa é fundamental:
“A união de esforços garante soluções eficazes para uma pesca legal, com segurança ambiental, jurídica e econômica para quem vive da atividade.”
O atravessador é um agente informal que atua ilegalmente entre o pescador e o consumidor final, revendendo o pescado com altas margens de lucro. Sua ação reduz a renda dos pescadores artesanais, promove a comercialização irregular e aumenta a pressão sobre os recursos pesqueiros, muitas vezes em desacordo com a legislação ambiental.
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
Prefeitura de Campo Grande abre 188 vagas com salários de até R$ 4 mil
Leia Mais
João Campos assume comando do PSB e defende Alckmin como vice de Lula em 2026
Leia Mais
Senador Nelsinho Trad lidera recepção de delegações internacionais no Fórum Parlamentar do BRICS
Leia Mais
Prefeito Eduardo Paes veta criação do “Dia da Cegonha Reborn” no Rio de Janeiro
Municípios