Saúde Pública
Quem pode se vacinar contra o sarampo? Casos recentes reforçam importância da imunização
Brasil confirmou cinco casos da doença em 2025 e especialistas alertam para vacinação em massa como principal medida de prevenção
06/05/2025
13:45
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Após recuperar, em novembro de 2024, o status de “país livre do sarampo” concedido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o Brasil voltou a registrar casos da doença neste primeiro quadrimestre de 2025. Foram confirmados cinco casos, sendo três no Rio de Janeiro, um importado no Distrito Federal (de uma mulher que viajou por diversos países) e o mais recente, em São Paulo.
O alerta reacende a preocupação com o risco de reintrodução do vírus e reforça a importância da vacinação e da vigilância epidemiológica ativa em todo o país.
A professora Janize Silva Maia, da Escola da Saúde do Centro Universitário Facens, explica que o sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, e pode trazer complicações graves:
“Além de febre alta, coriza, tosse e manchas avermelhadas na pele, o sarampo pode evoluir para pneumonia, encefalite e até panencefalite esclerosante subaguda, principalmente em crianças menores de 5 anos, gestantes e imunossuprimidos.”
A vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) é a principal forma de prevenção. A orientação atual do Ministério da Saúde é a seguinte:
Crianças de 12 meses a 4 anos:
1ª dose aos 12 meses (tríplice viral)
2ª dose aos 15 meses (tetraviral ou tríplice viral + varicela)
Pessoas de 1 a 29 anos:
Devem ter duas doses da tríplice viral, com intervalo de 30 dias
Pessoas de 30 a 59 anos:
Devem ter uma dose da tríplice viral, caso não tenham sido vacinadas anteriormente
Trabalhadores da saúde (independentemente da idade):
Devem receber duas doses, com intervalo de 30 dias
🚫 Contraindicação:
A vacina é contraindicada para gestantes, que só devem tomá-la após o parto.
“Pessoas com dúvidas sobre o status vacinal devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima para avaliação e, se necessário, atualização da caderneta de vacinação”, reforça Janize.
Além da vacinação, o controle do sarampo exige ações rápidas de bloqueio vacinal e monitoramento de casos suspeitos, especialmente em áreas de fronteira e aeroportos. Viajantes devem estar com o cartão de vacinação atualizado e atentos a sintomas.
O Ministério da Saúde também mantém cooperação com a OPAS e OMS, para acompanhar a situação da doença globalmente e adaptar estratégias de acordo com a evolução dos casos.
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