Política / Justiça
Moraes decreta prisão preventiva de Carla Zambelli, bloqueia bens e aciona Interpol
Deputada está nos EUA e planeja ir para Europa; decisão do STF inclui retirada de perfis e crítica à “atuação criminosa continuada”
04/06/2025
18:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão preventiva da deputada Carla Zambelli (PL-SP), bloqueou seus bens, ordenou a retirada de seus perfis de redes sociais e pediu sua inclusão na lista de foragidos da Interpol. A decisão foi tomada após solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou risco de fuga e continuidade de atos ilegais por parte da parlamentar.
Zambelli, que deixou o Brasil pela Argentina rumo aos Estados Unidos, afirmou que pretende seguir para a Europa, onde passará a denunciar “abusos do Judiciário” em fóruns internacionais.
“A ré declarou que pretende insistir nas condutas criminosas [...] o que justifica plenamente a decretação de sua prisão preventiva”, afirmou Moraes.
Prisão preventiva por risco de fuga e continuidade de crimes.
Bloqueio de bens e contas bancárias, inclusive Pix, salários da Câmara e registros de imóveis, veículos e embarcações.
Perfis bloqueados: redes como Gettr, Meta (Facebook e Instagram), TikTok, X (Twitter), Telegram, YouTube e LinkedIn devem apagar perfis de Zambelli em até duas horas.
Multa de R$ 50 mil por dia caso a parlamentar publique em contas alternativas.
Notificação à Defensoria Pública da União para representá-la após abandono da defesa por seus advogados.
Moraes afirmou que a parlamentar segue agindo para desestabilizar o Estado Democrático de Direito e que sua saída do país caracteriza “fuga do distrito da culpa”. Também afirmou que garantias individuais “não podem servir de escudo” para descumprimento da lei penal.
“O intuito criminoso de Carla Zambelli permanece ativo e reiterado”, escreveu Moraes, ao destacar ataques às eleições e ao Judiciário.
Em nota, a deputada chamou a decisão de “ilegal, inconstitucional e autoritária” e denunciou perseguição política:
“Nossa Constituição é clara: um deputado só pode ser preso em flagrante e por crime inafiançável. Nada disso ocorreu. Um único ministro decidiu rasgar o devido processo legal.”
Ela criticou ainda o bloqueio das contas de seus familiares, incluindo o filho João Hélio e a mãe, Rita:
“Vou denunciar esse abuso em todos os fóruns internacionais possíveis.”
10 anos de prisão (maio/2025) – Por invasão de sistemas do CNJ com o hacker Walter Delgatti. Decisão unânime do STF.
5 anos de prisão em regime semiaberto (março/2025) – Por porte ilegal de arma e constrangimento, após ameaçar um homem em 2022. Julgamento está parado por pedido de vista de Nunes Marques.
Cassação do mandato (janeiro/2025) – TRE-SP cassou Zambelli por desinformação eleitoral. Cabe recurso ao TSE.
Zambelli afirmou que pretende seguir os passos de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e denunciar os ministros do STF no exterior. Disse que irá para a Europa, onde possui cidadania italiana, e pretende atuar em fóruns internacionais para “expor os abusos da Corte brasileira”.
“Quero expor isso para o mundo, para que saibam quem são os ministros da Suprema Corte do Brasil.”
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