Palmas (TO), Sábado, 28 de Junho de 2025

Internacional / Turismo

Trilha onde brasileira morreu é reaberta no Monte Rinjani, na Indonésia

Juliana Marins sofreu múltiplas fraturas após acidente em encosta íngreme; especialistas apontam falhas no resgate

28/06/2025

08:15

DA REDAÇÃO

A equipe conjunta de busca e salvamento realiza resgate do corpo de Juliana Marins no Monte Rinjani — Foto: EPA

O Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia, reabriu neste sábado (28) a trilha de Sembalun até o cume da montanha, após concluir as operações de busca e evacuação relacionadas ao acidente que vitimou a turista brasileira Juliana Marins, de 38 anos.

A informação foi confirmada por meio de nota oficial divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente e Florestas da Indonésia nesta sexta-feira (27). Segundo o comunicado, o acesso volta a ser permitido mediante registro obrigatório no sistema online eRinjani, sendo necessário seguir todas as normas de segurança vigentes do parque.

Acidente fatal e resgate complicado

Juliana foi encontrada morta na última terça-feira (24) por equipes de resgate locais. Segundo o laudo médico, a brasileira morreu em decorrência de múltiplas fraturas e lesões internas, causadas por uma queda acentuada durante a trilha. Ela teria sobrevivido menos de 20 minutos após o impacto.

“Os indícios mostram que a morte foi quase imediata. Devido à extensão dos ferimentos — fraturas múltiplas e lesões internas em órgãos do tórax — a chance de sobrevivência foi mínima”, explicou o legista Ida Bagus Putu Alit.

O resgate enfrentou grande dificuldade devido ao relevo íngreme da montanha, sendo necessário que os socorristas descessem o equivalente à altura do Corcovado, no Rio de Janeiro, para alcançar o corpo da vítima.

Críticas à operação de resgate

A morte de Juliana acendeu alertas sobre as condições de segurança e organização das trilhas na região. Especialistas e familiares apontaram uma série de falhas na operação de resgate e nas exigências às agências de turismo. Entre os principais problemas identificados:

  • Ausência de equipamentos obrigatórios de segurança

  • Abandono da vítima na trilha

  • Falta de preparo dos guias locais

  • Terreno instável e clima severo

  • Resgate lento e mal coordenado

  • Uso tardio de tecnologia de rastreamento

  • Obstáculos logísticos e diplomáticos

  • Responsabilidade da agência contratada

Mochilão pela Ásia

Juliana Marins era natural do Rio de Janeiro, morava em Niterói e era formada em Publicidade e Propaganda pela UFRJ. Além da carreira na área de comunicação, também atuava como dançarina de pole dance. Desde fevereiro, realizava um mochilão pela Ásia, tendo visitado as Filipinas, o Vietnã e a Tailândia, antes de chegar à Indonésia.

O Monte Rinjani, localizado na Ilha de Lombok — vizinha a Bali — é um vulcão ainda ativo, rodeado por lago e trilhas de difícil acesso. A travessia, muito procurada por turistas aventureiros, exige preparo físico, pernoite no caminho e atenção às condições climáticas extremas.


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