Política / Justiça
Banco Central bloqueia Pix e cartões de ex-assessor de Moraes investigado por vazamento de informações
Eduardo Tagliaferro é indiciado pela PF e aparece na Itália celebrando sanção dos EUA contra ministro do STF
04/08/2025
12:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O Banco Central confirmou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que cumpriu a ordem de bloqueio de contas bancárias, cartões e chaves Pix vinculadas ao CPF de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do magistrado e ex-servidor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A medida foi determinada por Moraes no âmbito de uma investigação conduzida pela Polícia Federal.
“Confirmo que as chaves Pix vinculadas ao CPF do investigado, registradas no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT), foram bloqueadas por esta autarquia em 31 de julho de 2025”, informou o Banco Central, em ofício protocolado nesta segunda-feira (4).
Eduardo Tagliaferro atuou como assessor-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, diretamente ligada à Presidência do TSE, entre agosto de 2022 e julho de 2023 — período em que Moraes presidia a Corte. Ele é investigado pela Polícia Federal por supostamente vazar informações internas do gabinete de Moraes para o jornal Folha de S.Paulo, acusação que nega.
A PF o indiciou por violação de sigilo funcional com dano à Administração Pública.
Segundo revelou o colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, Tagliaferro deixou o Brasil recentemente e foi visto na Itália, comemorando com champanhe a decisão do governo de Donald Trump de aplicar a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes. O ex-assessor apareceu em vídeo no podcast Timeline, apresentado por Allan dos Santos, foragido nos Estados Unidos, brindando a decisão dos EUA.
Nas imagens, Tagliaferro afirma ter documentos que comprovariam supostos abusos no STF.
“Tenho bastante coisa. Aquilo lá é só a pontinha do iceberg. Tem algumas coisas fraudulentas que foram feitas. Ele [Moraes] vai me assistir, ele sabe do que estou falando... A ordem era deletar, mas eu sempre guardei. A coisa vai ser divertida”, disse.
Fontes indicam que, em mensagens privadas, o ex-assessor afirma possuir provas sensíveis contra integrantes da Corte, prometendo novas revelações em breve.
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