Detran / Trânsito & Serviços
Fim da obrigatoriedade das autoescolas: o que muda na formação de motoristas com a nova resolução do Contran
Curso teórico poderá ser 100% online e gratuito; aulas práticas deixam de ter carga mínima e podem ser feitas com instrutores autônomos ou em veículo próprio
03/12/2025
07:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A nova resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) promove a maior mudança no processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em décadas. Assim que o texto for publicado no Diário Oficial da União — ainda sem data definida — as aulas em autoescolas deixarão de ser obrigatórias. O candidato passará a ter liberdade para escolher onde e como estudar, tanto no curso teórico quanto no prático.
As provas, biometria e exames médicos seguem obrigatórios, mas o modelo de formação se torna mais flexível, digital e, segundo o governo, até 80% mais barato.
Fim da obrigatoriedade das autoescolas:
O candidato poderá optar por:
Curso teórico online gratuito do Ministério dos Transportes;
Cursos presenciais ou EAD de autoescolas;
Escolas públicas de trânsito ou entidades credenciadas.
Curso teórico:
Deixa de ter carga horária mínima;
Pode ser realizado totalmente fora das autoescolas;
Pode ser 100% digital.
Curso prático:
Carga mínima cai de 20 horas para apenas 2 horas;
A prática pode ser feita com:
Instrutor autônomo credenciado;
Autoescola;
Veículo próprio, desde que regularizado.
Não. As autoescolas continuam autorizadas a oferecer cursos, mas deixam de ser a única opção. A escolha passa a ser do aluno, que pode combinar diferentes modalidades conforme sua necessidade.
Mesmo com as flexibilizações, quatro etapas continuam exigidas:
Registro biométrico no Detran;
Exame médico e psicológico;
Prova teórica;
Prova prática.
A biometria será utilizada para validar cada fase do processo.
Com a carga mínima reduzida para 2 horas, o candidato pode:
Treinar com instrutor autônomo credenciado;
Continuar em autoescolas tradicionais;
Utilizar veículo próprio dentro das regras de segurança.
Limite de idade dos veículos usados no treinamento:
Motos: até 8 anos;
Carros: até 12 anos;
Veículos de carga: até 20 anos.
Instrutores devem usar veículos devidamente identificados e seguir normas do Código de Trânsito Brasileiro.
O instrutor deve:
Ter pelo menos 21 anos;
Ser habilitado há mais de 2 anos;
Não ter cometido infração gravíssima nos últimos 60 dias;
Possuir ensino médio completo;
Ter formação em pedagogia de trânsito;
Ser credenciado pelo Detran e registrado no Ministério dos Transportes.
A lista de instrutores ficará disponível no site do Ministério e no aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT).
A abertura do processo poderá ser feita digitalmente pelo portal da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).
Após o curso teórico, o candidato realiza a biometria no Detran e segue para os exames médicos.
Prova teórica:
Pode ser presencial ou online, dependendo do estado;
Exige 70% de acertos;
Pode ser repetida sem limite.
Prova prática:
Mantida com o mesmo sistema de pontuação (parte de 100 pontos; reprova abaixo de 90);
Pode ser remarcada sem custo adicional.
O governo projeta redução de até 80% no custo total devido à gratuidade do curso teórico e ao fim da carga horária mínima.
Hoje, os valores variam de R$ 3 mil a R$ 5 mil, chegando a R$ 4.951,35 no Rio Grande do Sul.
Após aprovação na prova prática, o candidato recebe a Permissão para Dirigir por um ano.
Se não cometer infrações graves, gravíssimas ou reincidir em médias, recebe automaticamente a CNH definitiva.
A norma também flexibiliza a formação de condutores profissionais, permitindo que serviços sejam prestados por autoescolas ou outras entidades habilitadas.
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