POLÍTICA
Bolsonaro passou duas noites na embaixada da Hungria após operação e apreensão de passaporte, diz jornal
25/03/2024
14:27
G1
©REPRODUÇÃO
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou duas noites na embaixada da Hungria em Brasília, entre os dias 12 e 14 de fevereiro, depois de ter sido alvo de operação da Polícia Federal sobre suposta tentativa de golpe de Estado no dia 8 daquele mês.
A informação foi divulgada pelo jornal "The New York Times" nesta segunda-feira (25).
Na operação, policiais federais apreenderam o passaporte do ex-presidente, que estava no escritório dele na sede do PL, e prenderam dois ex-assessores de Bolsonaro.
Quatro dias após a operação, câmeras de segurança da embaixada da Hungria registraram a entrada do ex-presidente no local, que fica na parte Sul de Brasília. As imagens foram obtidas pelo jornal norte-americano.
De acordo com o periódico, Bolsonaro ficou na embaixada húngara por dois dias a partir do dia 12 de fevereiro. Ele estava acompanhado de dois seguranças, do embaixador da Hungria no Brasil e de outros membros da equipe diplomática.
O "NYT" afirma que o ex-presidente não poderia ser preso em uma embaixada estrangeira que o recepcionasse, uma vez que esses endereços estão legalmente fora da área de atuação das autoridades locais.
O jornal norte-americano diz ainda que a estadia de Bolsonaro na embaixada da Hungria sugere que o ex-presidente estaria tentando se esquivar da justiça brasileira e de desdobramentos das investigações contra ele, valendo-se da amizade que tem com o primeiro-ministro húngaro, o ultradireitista Viktor Orban.
Segundo o "The New York Times", Bolsonaro chegou à embaixada da Hungria na noite de segunda-feira, 12 de fevereiro, e deixou o local na tarde da quarta-feira, 14 de fevereiro. O jornal analisou três dias de gravações das câmeras de segurança da embaixada.
O "NYT" utilizou confrontou as imagens do circuito interno com imagens de satélite que mostram que o carro em que Bolsonaro chegou ao local estava estacionado no endereço no dia 13 de fevereiro.
Ao jornal, um funcionário da embaixada da Hungria teria confirmado, sob a condição de anonimato, o plano para receber o ex-presidente no local.
O "NYT" destaca, na reportagem publicada nesta segunda-feira, a relação de amizade de Bolsonaro com o primeiro-ministro da Hungria, citando uma visita do então presidente brasileiro ao país da Europa em 2022, ocasião em que Bolsonaro chamou Viktor Orban de "irmão".
Em dezembro de 2023, os dois se encontraram na posse de Javier Milei, que também é um ultradireitista, como presidente da Argentina.
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